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ELN considera que reunião com Governo colombiano envolve as Farc
O Exército de Libertação Nacional (ELN) considera que o diálogo de paz que está tentando estabelecer com o Governo da Colômbia em Havana é um processo que também envolve o grupo guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Após a abertura da "reunião exploratória" com o Executivo colombiano, o comandante Carlos García, chefe militar do ELN, disse ontem em Havana que, apesar das diferenças que possam ter, as aspirações das duas guerrilhas são as mesmas.
"Por circunstâncias do conflito e da vida, hoje não podemos estar juntos. O ideal seria que estivéssemos juntos para construir a paz, porque somos colombianos", declarou García em entrevista coletiva.
Antes, durante seu discurso no ato oficial de abertura das conversas, o comandante do ELN tinha dito que estava convencido de que "os companheiros das Farc estão presentes na estratégia de solução política do conflito, porque a paz tem que ser uma só e de todos".
"Em outros momentos, compartilhamos estes mesmos cenários, no México e em Caracas, em um esforço unificado", disse.
García reconheceu que é "inegável" que existam pontos de vista diferentes entre "as duas organizações políticas", mas considerou que isso não significa que no "ideário" de construir uma nação não haja "pontos de encontro e convergências".
"Pensamos que nos temas da paz e do futuro da Colômbia há pontos convergentes entre as Farc e o ELN, inclusive entre as Farc, o ELN e diversos e amplos setores da sociedade", acrescentou.
O líder da segunda maior guerrilha da Colômbia disse ainda que as Farc estão presentes na proposta de paz do ELN, já que "o grupo tem as mesmas perspectivas".
"Talvez hoje não possamos concordar com os companheiros das Farc, o que não quer dizer que não possa surgir um processo no qual desembocaremos algo com dimensões maiores", disse.
"Quando e como, a história terá que dizer. Mas é nossa obrigação trabalhar para que isso aconteça. Esse é o enfoque, a intenção e também o que sentimos de coração, porque em outros momentos trabalhamos e conhecemos quais são suas expectativas e pensamentos", acrescentou.
García enfatizou que, em um processo de paz, deveriam ser discutidas as "causas originais do conflito" que, segundo ele, são de ordem social, econômica e política. "Se um Governo não reconhece que essas são as causas do conflito, será muito difícil construir um caminho de paz", afirmou.
Apesar disso, o comandante do ELN garantiu que o estabelecimento de condições prévias não contribui para que aconteçam aproximações e dificulta o desenvolvimento de um processo de diálogo.
"É cansativo para as duas partes estabelecer condições.
Entendemos que um exercício de diálogo é para dar e receber razões e explicações", afirmou.
O Governo colombiano e o ELN conversarão na capital cubana até o próximo dia 22 para tentar abrir um processo de negociação de paz.
A reunião, que começou em uma fase preliminar no último dia 12, com a participação de uma comissão de patrocinadores da sociedade civil e representantes da Espanha, da Suíça e da Noruega, como países acompanhantes, tem "agenda aberta" para estabelecer as fórmulas de seu desenvolvimento e de contatos posteriores.
No ato de abertura do encontro, esteve presente o vice-chanceler de Cuba, Rafael Dausá, que deu as boas-vindas aos participantes e expressou o compromisso do Governo cubano com o processo de paz.
Após a abertura da "reunião exploratória" com o Executivo colombiano, o comandante Carlos García, chefe militar do ELN, disse ontem em Havana que, apesar das diferenças que possam ter, as aspirações das duas guerrilhas são as mesmas.
"Por circunstâncias do conflito e da vida, hoje não podemos estar juntos. O ideal seria que estivéssemos juntos para construir a paz, porque somos colombianos", declarou García em entrevista coletiva.
Antes, durante seu discurso no ato oficial de abertura das conversas, o comandante do ELN tinha dito que estava convencido de que "os companheiros das Farc estão presentes na estratégia de solução política do conflito, porque a paz tem que ser uma só e de todos".
"Em outros momentos, compartilhamos estes mesmos cenários, no México e em Caracas, em um esforço unificado", disse.
García reconheceu que é "inegável" que existam pontos de vista diferentes entre "as duas organizações políticas", mas considerou que isso não significa que no "ideário" de construir uma nação não haja "pontos de encontro e convergências".
"Pensamos que nos temas da paz e do futuro da Colômbia há pontos convergentes entre as Farc e o ELN, inclusive entre as Farc, o ELN e diversos e amplos setores da sociedade", acrescentou.
O líder da segunda maior guerrilha da Colômbia disse ainda que as Farc estão presentes na proposta de paz do ELN, já que "o grupo tem as mesmas perspectivas".
"Talvez hoje não possamos concordar com os companheiros das Farc, o que não quer dizer que não possa surgir um processo no qual desembocaremos algo com dimensões maiores", disse.
"Quando e como, a história terá que dizer. Mas é nossa obrigação trabalhar para que isso aconteça. Esse é o enfoque, a intenção e também o que sentimos de coração, porque em outros momentos trabalhamos e conhecemos quais são suas expectativas e pensamentos", acrescentou.
García enfatizou que, em um processo de paz, deveriam ser discutidas as "causas originais do conflito" que, segundo ele, são de ordem social, econômica e política. "Se um Governo não reconhece que essas são as causas do conflito, será muito difícil construir um caminho de paz", afirmou.
Apesar disso, o comandante do ELN garantiu que o estabelecimento de condições prévias não contribui para que aconteçam aproximações e dificulta o desenvolvimento de um processo de diálogo.
"É cansativo para as duas partes estabelecer condições.
Entendemos que um exercício de diálogo é para dar e receber razões e explicações", afirmou.
O Governo colombiano e o ELN conversarão na capital cubana até o próximo dia 22 para tentar abrir um processo de negociação de paz.
A reunião, que começou em uma fase preliminar no último dia 12, com a participação de uma comissão de patrocinadores da sociedade civil e representantes da Espanha, da Suíça e da Noruega, como países acompanhantes, tem "agenda aberta" para estabelecer as fórmulas de seu desenvolvimento e de contatos posteriores.
No ato de abertura do encontro, esteve presente o vice-chanceler de Cuba, Rafael Dausá, que deu as boas-vindas aos participantes e expressou o compromisso do Governo cubano com o processo de paz.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/329981/visualizar/
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