Calendários de golfistas peladas tentam popularizar esporte

O lançamento de calendários que trazem fotos de duas golfistas famosas nuas pretende popularizar mais o esporte – e as próprias jogadoras.

A americana Natalie Gulbis, de 22 anos, compete no LPGA, o circuito feminino de golf, mora em Las Vegas e gosta de fazer musculação.

A ítalo-francesa Sophie Sandolo, 30 anos, integra o circuito feminino europeu, mora no Principado de Mônaco e afirma adorar fazer compras.

Embora seja injusto classificá-las como "Annas Kournikovas do golf", vale lembrar que nenhuma conseguiu ganhar até agora nenhum torneio profissional.

Carreira longa

Apesar desta “falha” no currículo, tanto uma como a outra já estão entre as mais bem-sucedidas e populares golfistas de seus torneios.

Gulbis tem seu próprio programa de TV, figura na lista das 100 mulheres mais sensuais do mundo, organizada pela revista masculina britânica FHM e já bateu recordes de venda com seus dois calendários anteriores.

"Me sinto lisonjeada", diz a americana, quando questionada sobre como se sente quando comparada a Kournikova.

"Ela é uma garota linda e é sempre um elogio ser comparada a ela."

"Tenho uma longa carreira pela frente, espero ganhar várias competições", disse ela, que terminou dois torneios em terceiro lugar neste ano, arrecadando mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,3 milhões).

Publicidade

Sandolo também se sente confortável com a ligação entre golfe e moda O ano passado foi excelente. Tudo começou com o sucesso de meu primeiro calendário, depois tive minha melhor temporada e fechei um contrato importante com um novo patrocinador de roupas", diz ela.

"Espero que meus calendários ajudem a aumentar minha base de fãs e a divulgar mais esse esporte que eu amo tanto."

"Gostaria que a imprensa falasse bastante de mim e do calendário, mas sobretudo, espero que fale bastante de golfe, especialmente do feminino”, diz a européia.

O esporte profissional necessita da publicidade e, geralmente, as modalidades femininas recebem uma fatia pequena do bolo que vai para o esporte como um todo.

Há não muito tempo, o presidente da Fifa, Sepp Blatter, se viu sob ataque por sugerir que jogadoras de futebol feminino deveriam usar uniformes mais justos para ajudar a popularizar suas competições.

Kournikova não foi a primeira a perceber que um rosto bonito poderia lhe render mais espaço no noticiário.

Ela apenas soube fazer render bastante um sucesso profissional bem modesto.

Quanto às golfistas, elas já conseguiram uma exposição considerável. Imagine se elas começarem a ganhar.