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Polícia Brasil
Sexta - 16 de Dezembro de 2005 às 07:47
Por: marcia Oliveira

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O juiz federal Julier Sebastião instaurou um novo processo contra João Arcanjo Ribeiro e outras 7 pessoas, entre elas o empresário Armando Oliveira, para apurar o crime de lavagem de dinheiro. O elemento principal da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) é um empréstimo de US$ 2,2 milhões feito pela empresa Amper Construções Elétricas Ltda, no Bank of Boston do Uruguai, tendo Arcanjo como avalista. O MPF afirma que a captação de recursos da operação evidencia uma das formas que o grupo criminoso, chefiado por Arcanjo, utilizava para lavar dinheiro. Na denúncia consta que um esquema foi montado para que o dinheiro vindo de atividades ilícitas de Arcanjo tivesse registro oficial no Brasil. Para dar viabilidade a operação de "limpeza", o acusado contou com apoio de instituições bancárias internacionais e mesmo, de empresas de terceiros, como seria a Amper, de propriedade de Armando Oliveira. No empréstimo para a Amper, o MPF assegura que Arcanjo usou uma de suas factorings, a Confiança, para enviar recursos para duas empresas brasileiras, a Incomep e Finanbrás, responsáveis por remeter os valores para a offshore, também de Arcanjo, no Uruguai, Ayeron S/A. O dinheiro entrava em solo uruguaio nas contas bancárias que a Ayeron mantinha no Bank of Boston e no Deutsche Bank. A partir de então, os três procuradores que assinam a denúncia informam que o dinheiro era utilizado para fazer empréstimos, para o próprio Arcanjo e suas empresas ou para terceiros. A denúncia informa que através de um acordo, quem aparecia como o detentor dos recursos eram os bancos e não a Ayeron. Dessa forma, o dinheiro entrava no Brasil, com registro no Banco Central e na Receita Federal, para eliminar qualquer tipo de suspeitas quanto a origem ilícita. Como o volume de dinheiro que seguia para o exterior para ser lavado era muito grande, no Brasil, o ex-gerente de factoring de Arcanjo, Nilson Roberto Teixeira, negociava contratos de câmbio para garantir que o retorno fosse contabilizado oficialmente. No processo são acusados a mulher de Arcanjo, Silvia Chirata, que vive em Montevidéu, o contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves, o economista Nilson Roberto Teixeira, os dois presos em Cuiabá, o empresário Armando de Oliveira, o representante do Bank Boston, José Varela e os representantes do Deutsche, Jorge Gergalli e Eduardo Labella, que são uruguaios . A 1ª audiência foi marcada para o dia 19, segunda-feira.




Fonte: Gazeta Digital

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