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Mutirão em Colniza comprova eficiência de trabalho integrado
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), através da Coordenadoria de Polícia Comunitária, levou entre os dias 07/12 e 11/12, o Mutirão da Cidadania ao município de Colniza, (1.065 KM a Noroeste de Cuiabá). A chegada do Mutirão foi recebido com grande entusiasmo pela população local das três comunidades atendidas em Colniza: Vila T no dia 07/12, Reserva Roosevelt em 08/12, e Guariba em 09 e 10/12, todos locais de difícil acesso em que ainda não há oferta dos principais serviços públicos.
O Mutirão em Vila T aconteceu no dia. Ponto de passagem, Vila T começou em 2003 com um posto de gasolina e um restaurante, recebendo posteriormente esse nome por se encontrar próxima ao entroncamento de três divisas estaduais: Mato Grosso, Rondônia, e Amazonas. Os cerca de 100 moradores, vivem à beira da Reserva Roosevelt, área de preservação permanente da mata amazônica, e convivem com animais silvestres como onças-pintadas e antas passando a menos de 80 metros das casas. A principal fonte de renda da população em Vila T e em toda região é o trabalho em serrarias e madeireiras.
“Aqui nós precisamos de tudo, hoje só existem casas no local. Na época das chuvas nós ficamos isolados de Colniza, o acesso a algum serviço é só por Rondônia, mas deram uma recuperada na estrada, e é provável que esse ano seja diferente”, afirmou Gerson Roque Vieira, morador, satisfeito por ver o estado atendendo sua região.
Depois de Vila T, a comitiva seguiu viagem até a comunidade de Reserva Roosevelt. O local onde hoje se encontra a comunidade já foi sede do município de Aripuanã, e tem em seus habitantes muitos descendentes dos chamados “soldados da borracha”, pessoas que saíram de seus estados, principalmente da região nordeste, para trabalhar na extração da borracha nos seringais da Amazônia. Quem conta a história é Francisco Serafim de Souza, 76 anos, um dos mais antigos moradores de Roosevelt e que até o dia do Mutirão ainda não tinha seu Registro Geral, o documento de identidade.
A população da Reserva vive em fazendas. Os funcionários do Mutirão se instalaram em uma chácara à beira do Rio Roosevelt, via pela qual chegaram boa parte das pessoas à procura dos atendimentos.
O destino final do Mutirão foi Guariba. Com aproximadamente 5 mil habitantes espalhados na vila e em fazendas, Guariba começou com o projeto Filinto Muller, na década de 80, uma proposta de assentamento e manejo rural para produzir alimentos e suprir a capital do Amazonas, Manaus. Guariba tem recebido investimentos importantes nos últimos meses, como instalação de rede de energia e instalação de telefones públicos.
Nos três mutirões foram oferecidos os serviços de emissão de carteira de identidade, carteira de trabalho, título de eleitor, palestra sobre o programa Consciência Fiscal, da Secretaria de Estado de Fazenda. A Polícia Militar levou atendimento médico e odontológico em conjunto com a Prefeitura de Colniza, que ainda disponibilizou um fotógrafo para trabalhar na emissão de documentos. Incentivados pela causa nobre, o Salão Social, de Colniza participou do Mutirão como voluntário, realizando corte de cabelo, serviço muito procurado. No total foram mais de 1700 atendimentos em quatro dias de Mutirão.
Representando o município de Colniza, o secretário municipal de Agricultura, Darci Jose Mallmann comentou que a primeira providência para um melhor atendimento à população do município é conhecer as necessidades do povo, e isso esta começando a ser feito através do Cadastramento do Produtor Rural.
A marca do Mutirão em Colniza foi a integração entre os parceiros. Participaram através da Sejusp, a Coordenadoria de Polícia Comunitária, Gabinete de gestão Integrada (GGI), e Instituto de Identificação Técnica da POLITEC; a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec), através do SINE, Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Secretaria de Estado de Saúde (Ses) Poder Judiciário, e Prefeitura Municipal de Colniza.
INTERIORIZAÇÃO - A interiorização das ações desenvolvidas pelo Mutirão da Cidadania, em áreas de reserva indígena e assentamentos, teve início com o trabalho realizado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), e seus parceiros, na Reserva Bakairi, localizada a 100 quilômetros de Paranatinga, na região sul de Mato Grosso, no mês de outubro.
Essa ação de governo, uma sugestão discutida no âmbito do grupo de conflitos indígenas do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) e Coordenadoria de Polícia Comunitária, reuniu além da Sejusp, parceiros como a Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec), Casa Civil, através da Superintendência de Políticas Indígenas, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Durante um final de semana foram realizados na reserva indígena 331 atendimentos diretos e 2.450 indiretos, com um total geral de 2.781 atendimentos.
Na Reserva Bakairi, com 61.405 hectares, vivem 682 índios distribuídos em nove aldeias – Aturua, Paikum, Kaiahoalo, Alto Ramalho, Sawâpa, Cabeceira do Azul, Kuiakuare e Iahodu -, sendo a principal a aldeia Pakuera.
“O objetivo é diminuir os conflitos e promover a inclusão social além de atender as demandas das comunidades”, explicou o coordenador de Polícia Comunitária da Sejusp, major Wilson Batista.
E os resultados têm se mostrado positivos. “A receptividade e a integração entre o poder público e a comunidade tanto na Reserva Bakairi como também no Mutirão realizado em Colniza foi bastante significativa”, salientou o major BM Vagner Jorge Santino da Silva, Coordenador de Áreas Temáticas do GGI.
A idéia, segundo os coordenadores é levar essas ações a outras regiões do estado, onde existam reservas indígenas e assentamentos rurais, atendendo as orientações do governo, afim de coibir conflitos entre invasores, posseiros, fazendeiros e índios. O Mutirão da Cidadania na Reserva Indígena Bakairi foi o 15º realizado no ano de 2005 e o primeiro numa reserva indígena.
O Mutirão em Vila T aconteceu no dia. Ponto de passagem, Vila T começou em 2003 com um posto de gasolina e um restaurante, recebendo posteriormente esse nome por se encontrar próxima ao entroncamento de três divisas estaduais: Mato Grosso, Rondônia, e Amazonas. Os cerca de 100 moradores, vivem à beira da Reserva Roosevelt, área de preservação permanente da mata amazônica, e convivem com animais silvestres como onças-pintadas e antas passando a menos de 80 metros das casas. A principal fonte de renda da população em Vila T e em toda região é o trabalho em serrarias e madeireiras.
“Aqui nós precisamos de tudo, hoje só existem casas no local. Na época das chuvas nós ficamos isolados de Colniza, o acesso a algum serviço é só por Rondônia, mas deram uma recuperada na estrada, e é provável que esse ano seja diferente”, afirmou Gerson Roque Vieira, morador, satisfeito por ver o estado atendendo sua região.
Depois de Vila T, a comitiva seguiu viagem até a comunidade de Reserva Roosevelt. O local onde hoje se encontra a comunidade já foi sede do município de Aripuanã, e tem em seus habitantes muitos descendentes dos chamados “soldados da borracha”, pessoas que saíram de seus estados, principalmente da região nordeste, para trabalhar na extração da borracha nos seringais da Amazônia. Quem conta a história é Francisco Serafim de Souza, 76 anos, um dos mais antigos moradores de Roosevelt e que até o dia do Mutirão ainda não tinha seu Registro Geral, o documento de identidade.
A população da Reserva vive em fazendas. Os funcionários do Mutirão se instalaram em uma chácara à beira do Rio Roosevelt, via pela qual chegaram boa parte das pessoas à procura dos atendimentos.
O destino final do Mutirão foi Guariba. Com aproximadamente 5 mil habitantes espalhados na vila e em fazendas, Guariba começou com o projeto Filinto Muller, na década de 80, uma proposta de assentamento e manejo rural para produzir alimentos e suprir a capital do Amazonas, Manaus. Guariba tem recebido investimentos importantes nos últimos meses, como instalação de rede de energia e instalação de telefones públicos.
Nos três mutirões foram oferecidos os serviços de emissão de carteira de identidade, carteira de trabalho, título de eleitor, palestra sobre o programa Consciência Fiscal, da Secretaria de Estado de Fazenda. A Polícia Militar levou atendimento médico e odontológico em conjunto com a Prefeitura de Colniza, que ainda disponibilizou um fotógrafo para trabalhar na emissão de documentos. Incentivados pela causa nobre, o Salão Social, de Colniza participou do Mutirão como voluntário, realizando corte de cabelo, serviço muito procurado. No total foram mais de 1700 atendimentos em quatro dias de Mutirão.
Representando o município de Colniza, o secretário municipal de Agricultura, Darci Jose Mallmann comentou que a primeira providência para um melhor atendimento à população do município é conhecer as necessidades do povo, e isso esta começando a ser feito através do Cadastramento do Produtor Rural.
A marca do Mutirão em Colniza foi a integração entre os parceiros. Participaram através da Sejusp, a Coordenadoria de Polícia Comunitária, Gabinete de gestão Integrada (GGI), e Instituto de Identificação Técnica da POLITEC; a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec), através do SINE, Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Secretaria de Estado de Saúde (Ses) Poder Judiciário, e Prefeitura Municipal de Colniza.
INTERIORIZAÇÃO - A interiorização das ações desenvolvidas pelo Mutirão da Cidadania, em áreas de reserva indígena e assentamentos, teve início com o trabalho realizado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), e seus parceiros, na Reserva Bakairi, localizada a 100 quilômetros de Paranatinga, na região sul de Mato Grosso, no mês de outubro.
Essa ação de governo, uma sugestão discutida no âmbito do grupo de conflitos indígenas do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) e Coordenadoria de Polícia Comunitária, reuniu além da Sejusp, parceiros como a Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec), Casa Civil, através da Superintendência de Políticas Indígenas, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Durante um final de semana foram realizados na reserva indígena 331 atendimentos diretos e 2.450 indiretos, com um total geral de 2.781 atendimentos.
Na Reserva Bakairi, com 61.405 hectares, vivem 682 índios distribuídos em nove aldeias – Aturua, Paikum, Kaiahoalo, Alto Ramalho, Sawâpa, Cabeceira do Azul, Kuiakuare e Iahodu -, sendo a principal a aldeia Pakuera.
“O objetivo é diminuir os conflitos e promover a inclusão social além de atender as demandas das comunidades”, explicou o coordenador de Polícia Comunitária da Sejusp, major Wilson Batista.
E os resultados têm se mostrado positivos. “A receptividade e a integração entre o poder público e a comunidade tanto na Reserva Bakairi como também no Mutirão realizado em Colniza foi bastante significativa”, salientou o major BM Vagner Jorge Santino da Silva, Coordenador de Áreas Temáticas do GGI.
A idéia, segundo os coordenadores é levar essas ações a outras regiões do estado, onde existam reservas indígenas e assentamentos rurais, atendendo as orientações do governo, afim de coibir conflitos entre invasores, posseiros, fazendeiros e índios. O Mutirão da Cidadania na Reserva Indígena Bakairi foi o 15º realizado no ano de 2005 e o primeiro numa reserva indígena.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/330221/visualizar/
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