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Economia
Quinta - 15 de Dezembro de 2005 às 15:42

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, durante um almoço de confraternização com oficiais-generais das Forças Armadas, em Brasília, que quer transformar 2006 no "ano do crescimento" e defendeu que o governo não se deixe influenciar pelas eleições ao conduzir a economia do País.

"Nós precisamos transformar o ano que vem no ano do crescimento econômico deste País e a combinação mais perfeita de crescimento econômico com crescimento da distribuição de renda e melhora de qualidade de vida das pessoas", disse Lula em discurso durante almoço com oficiais generais nesta quinta-feira.

"Nosso País vem de 20 anos de uma estagnação completa, ou de crescimento abaixo da mediocridade e o Brasil está pronto agora para dar o próximo salto de qualidade, se o governo não for pequeno e não permitir que as eleições de 2006 façam com que nós cometamos os erros que já foram cometidos em tantos momentos históricos."

O presidente tem reiterado nos últimos meses que o país entrou num longo ciclo de crescimento econômico, mas, no final de novembro o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou retração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deste ano. "Nós estamos vivendo um momento em que o Brasil pode, se tiver juízo, se não permitir que a eleição de 2006 permeie as decisões de governo, nós poderemos consolidar um novo ciclo de crescimento", insistiu.

Lula disse que o pagamento da dívida do Brasil com o FMI assegura autonomia ao governo na tomada das decisões sobre a política econômica. Na última terça-feira, o governo anunciou que irá pagar até o final do mês 15,5 bilhões de dólares, zerando a dívida com o Fundo Monetário Internacional, prevista para ser paga até 2007.

"Devolvemos (o dinheiro emprestado) para dizer ao mundo e ao mercado que este país tem governo, que este país é dono do seu nariz", disse. "Nós queremos errar e acertar, mas pela própria cabeça, pela nossa consciências, pelas nossas tomadas de posição."

Nos últimos seis meses, segundo Lula, o governo tem enfrentado "uma saraivada de críticas" e, mesmo assim, em nenhum momento nem ele nem o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, interferiram no debate político nacional. "Estamos enfrentando uma saraivada de críticas, acusações, infâmia. Nós discutimos sempre que o papel nosso não é o de dizer se quem acusa está errado ou certo", comentou.

Lula também reafirmou que ao governo interessa a apuração de todas as denúncias que surgiram na esteira da crise política e que nada foi feito para impedir as investigações. A oposição, no entanto, reclama com frequência da atuação do Palácio do Planalto e dos parlamentares governistas nas CPIs que investigam as denúncias de corrupção.




Fonte: Reuters

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