Preços do gás natural aumentam em até 10% nesta terça-feira
A Petrobras, que fornece o gás para as distribuidoras de gás canalizado de todo o país, anunciou em agosto o reajuste do gás natural produzido no país (que abastece a maior parte do estado do Rio de Janeiro) em 12,8%, dividido em duas vezes: a primeira foi de 6,5%, em 1º de setembro, e a segunda de 5%, a partir desta terça-feira. Para o gás importado da Bolívia, o reajuste, também parcelado, foi de 13%, em setembro e 10% em 1º de novembro.
As distribuidoras de gás canalizado do estado do Rio, CEG e CEG Rio, compram quase todo o gás que comercializam no Brasil. Já as distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país são abastecidas pelo gás boliviano.
Como a política de distribuição de gás canalizado é estipulada pelos estados, as agências reguladoras de cada um deles irá determinar os percentuais de aumento a ser aplicado pelas distribuidoras a cada segmento de consumo.
A estimativa da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) é de que o repasse para o consumidor seja integral, embora possa se dar em diferentes estágios.
- Não existe uma regra que será acolhida por todas as distribuidoras. Algumas acompanharão o que foi feito pela Petrobras, outras terão de fazer adequações, outras vão absorver a alta para fazer o ajuste em outra oportunidade - disse o presidente da organização, Romero de Oliveira.
De acordo com Romero, o aumento de preços não influenciou nas vendas de setembro. Com um consumo de 42 milões de metros cúbicos diários, o Brasil deverá chegar ao fim do ano com uma taxa de crescimento 15% a 20% do mercado de gás natural.
- O gás ainda é um elemento competitivo. A cada mês, temos mostrado crescimento do mercado - afirmou.
O gás natural é utilizado nas residências que recebem o gás canalizado, nos veículos movidos a GNV e também como combustível para indústrias e usinas termelétricas.
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