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Polícia Brasil
Quarta - 14 de Dezembro de 2005 às 15:34

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O desembargador Díocles de Figueiredo, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ), negou ontem mais um pedido de liminar em favor do ex-presidente da extinta Imprensa Oficial de Mato Grosso (Iomat), Claudiomiro Pires. a defesa do acusado protocolou o pedido de habeas corpus no TJ, no último dia 10.

Na decisão, Fiqueiredo também solicitou à 5ª Vara Criminal de Cuiabá, no prazo de 48 horas, informações sobre o processo por peculato (apropriação indevida de dinheiro público) e lavagem de dinheiro, que Pires responde. A Procuradoria Geral de Justiça foi requisitada para, posteriormente, fazer a análise das informações e emitir um parecer.

De acordo com a assessoria de comunicação do TJ, após este trâmite, o processo retorna para o desembargador, que decidirá se ratifica o indeferimento da liminar ou se coloca Claudiomiro Pires em liberdade.

Além de ser réu em processo da 5ª Vara Criminal, o ex-presidente da Iomat também foi indiciado em um inquérito policial por desvio de maquinário do órgão. Pires está preso na Gerência de Polinter, em Cuiabá.

Audiência

Amanhã, o juiz Cezar Francisco Bassan, da 5ª Vara Criminal, ouvirá as cinco testemunhas de defesa da ex-diretora financeira da Iomat, Dilma Mota Cursino, que também está sendo processada devido às irregularidades no órgão. Pires perdeu o direito de arrolar testemunhas, porque apresentou a defesa prévia fora do tempo determinado pela Justiça.

As testemunhas de acusação contra os dois réus já prestaram depoimento. Depois da audiência de amanhã, tanto o Ministério Público como os advogados de defesa poderão solicitar novas diligências para esclarecer pontos obscuros no processo, que, após esta fase, vai para as alegações finais das duas partes. Então, a Justiça emitirá a sentença do caso.

Entenda o Caso

Claudiomiro Pires foi preso por crime de peculato e lavagem de dinheiro, no dia 16 de setembro, e encaminhado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo presídio do Carumbé).

Segundo as investigações, o esquema na Iomat funcionava com a colaboração da diretora financeira Dilma Mota Cursino, que dava baixa no débito, como se o dinheiro realmente tivesse entrado na conta do órgão. "Em seis meses deste ano foram desviados cerca de R$ 120 mil", disse a delegada Fazendária Maria Alice Amorim.

Com a quebra do sigilo bancário de uma factoring foi possível identificar, no inquérito, pelo menos 15 cheques que foram depositados na conta de Dilma ou do próprio Claudiomiro. Os valores referem-se a serviços que nunca foram prestados pela Imprensa Oficial.

A polícia também acusa Pires de comprar, com dinheiro desviado na operação, um imóvel no valor de R$ 80 mil. A casa fica em um condomínio da capital e está no nome da ex-mulher dele, Wilma Calazans. (EB)





Fonte: RMT Online

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