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Amorim diz que ricos 'camuflam' políticas agrícolas
Em seu discurso inaugural no plenário da Sexta Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que os países ricos “camuflam” suas políticas agrícolas e tentam “vender ao resto do mundo uma rodada barata”.
“O déficit no desenvolvimento resulta do desequilíbrio das regras aplicadas em agricultura comparado com outras atividades econômicas”, disse o chanceler.
“Por algum tempo, mesmo depois de Doha, países desenvolvidos tentaram camuflar essas realidade. Eles tentaram vender ao resto do mundo uma rodada barata.”
Amorim bateu na mesma tecla: a reforma mais urgente está em agricultura, na redução ou eliminação de barreiras ou subsídios que distorcem os preços internacionais. Esses são, segundo ele, privilégios “inaceitáveis”.
Apoio
Amorim encontrou apoio no discurso do representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Portman: “Nós esperamos por um pequeno número de membros-chave que se recusam a concordar com um pacote para agricultura”.
“De novo, eu me junto a outros países do mundo desenvolvido e em desenvolvimento para pedir que nossos parceiros de comércio na Europa concordem com uma fórmula global que realmente vá de encontro com o requerimento de Doha para melhoria substancial em acesso a mercado”, disse o americano.
No entanto, três discursos antes do feito por Amorim, o comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, repetiu que não vai focar os debates em agricultura e que, até o momento, não houve nenhuma proposta na mesma altura que a do bloco europeu – uma alfinetada nos Estados Unidos.
“Estou decepcionado”, disse Mandelson. “Nós precisamos mais, muito mais, para negociar esta rodada.”
Dos países em desenvolvimento, o negociador europeu disse esperar maior comprometimento nas negociações para bens industriais e serviços.
A abertura desses dois setores “pode fornecer mais oportunidades para países desenvolvidos e em desenvolvimento do que a agricultura”.
“A única rodada que qualquer um de nós pode aceitar é uma rodada em que podemos mostrar o que vamos ter para o que dermos. Alguém (pensa em) uma exceção para essa realidade política? Eu acho que não”, disse o negociador europeu.
Um dos impasses das negociações é que o G20 não quer fazer ofertas para bens industriais e serviços antes de ter grandes avanços em agricultura.
A União Européia defende o paralelismo, isto é, que todas as áreas sejam negociadas ao mesmo tempo.
Amorim rebateu: “Nós entendemos que a Rodada Doha não é apenas sobre agricultura”.
“As grandes economias não podem esperar mais concessões dos países em desenvolvimento do que eles estão dispostos a oferecer. Não vai acontecer”, disse o chanceler brasileiro.
Os europeus gostariam de ver a média das tarifas industriais no Brasil cair para 6%, enquanto o Brasil apresentou uma “idéia” de cortar para 17,5%.
“O déficit no desenvolvimento resulta do desequilíbrio das regras aplicadas em agricultura comparado com outras atividades econômicas”, disse o chanceler.
“Por algum tempo, mesmo depois de Doha, países desenvolvidos tentaram camuflar essas realidade. Eles tentaram vender ao resto do mundo uma rodada barata.”
Amorim bateu na mesma tecla: a reforma mais urgente está em agricultura, na redução ou eliminação de barreiras ou subsídios que distorcem os preços internacionais. Esses são, segundo ele, privilégios “inaceitáveis”.
Apoio
Amorim encontrou apoio no discurso do representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Portman: “Nós esperamos por um pequeno número de membros-chave que se recusam a concordar com um pacote para agricultura”.
“De novo, eu me junto a outros países do mundo desenvolvido e em desenvolvimento para pedir que nossos parceiros de comércio na Europa concordem com uma fórmula global que realmente vá de encontro com o requerimento de Doha para melhoria substancial em acesso a mercado”, disse o americano.
No entanto, três discursos antes do feito por Amorim, o comissário de Comércio da União Européia, Peter Mandelson, repetiu que não vai focar os debates em agricultura e que, até o momento, não houve nenhuma proposta na mesma altura que a do bloco europeu – uma alfinetada nos Estados Unidos.
“Estou decepcionado”, disse Mandelson. “Nós precisamos mais, muito mais, para negociar esta rodada.”
Dos países em desenvolvimento, o negociador europeu disse esperar maior comprometimento nas negociações para bens industriais e serviços.
A abertura desses dois setores “pode fornecer mais oportunidades para países desenvolvidos e em desenvolvimento do que a agricultura”.
“A única rodada que qualquer um de nós pode aceitar é uma rodada em que podemos mostrar o que vamos ter para o que dermos. Alguém (pensa em) uma exceção para essa realidade política? Eu acho que não”, disse o negociador europeu.
Um dos impasses das negociações é que o G20 não quer fazer ofertas para bens industriais e serviços antes de ter grandes avanços em agricultura.
A União Européia defende o paralelismo, isto é, que todas as áreas sejam negociadas ao mesmo tempo.
Amorim rebateu: “Nós entendemos que a Rodada Doha não é apenas sobre agricultura”.
“As grandes economias não podem esperar mais concessões dos países em desenvolvimento do que eles estão dispostos a oferecer. Não vai acontecer”, disse o chanceler brasileiro.
Os europeus gostariam de ver a média das tarifas industriais no Brasil cair para 6%, enquanto o Brasil apresentou uma “idéia” de cortar para 17,5%.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/330376/visualizar/
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