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Economia
Terça - 13 de Dezembro de 2005 às 12:20

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Os bancos que operam no Brasil lucraram R$ 19,599 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, valor 39% maior do que o registrado em igual período de 2004. O resultado só não foi melhor porque os ganhos dos estrangeiros, afetados pela queda do dólar, cresceram menos do que a média observada nos bancos nacionais.

Os números constam em levantamento feito pelo Banco Central a partir de relatórios entregues pelos bancos até o terceiro trimestre deste ano. No primeiro semestre, as instituições financeiras já haviam acumulado lucros de R$ 12,606 bilhões, o que representava aumento de 34% em relação ao resultado dos primeiros seis meses do ano passado.

Os maiores resultados foram alcançados pelos bancos privados nacionais, que lucraram R$ 11,559 bilhões nos primeiros nove meses deste ano. Trata-se de um crescimento de 42,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Bancos estatais apuraram ganhos de R$ 5,755 bilhões (+41,8%).

Já os bancos controlados por estrangeiros lucraram R$ 2,285 bilhões, valor 17,4% maior do que o registrado entre janeiro e setembro de 2004. O menor crescimento se explica, em boa parte, pela queda do dólar. Só nos primeiros nove meses de 2005, a cotação da moeda caiu 19% ante o real.

Bancos estrangeiros costumam manter aplicações mais fortes no câmbio porque, em geral, precisam cumprir metas de rentabilidade definidas pelas suas matrizes em moeda estrangeira.

Juros

O levantamento inclui 104 instituições financeiras que entregaram seus relatórios ao BC até setembro passado. O resultado de cada uma delas varia de acordo com as características de cada banco, mas, de forma geral, os números indicam que os maiores lucros alcançados pelo setor refletem as elevadas taxas de juros praticadas no país e o aumento das receitas obtidas com cobranças de tarifas.

O efeito dos juros pode ser medido pelo chamado resultado da intermediação financeira, que são os ganhos obtidos pelos bancos em operações como empréstimos a clientes e aplicações em títulos públicos. Neste ano, essas transações renderam R$ 63,862 bilhões às instituições financeiras, um aumento de 26,5% em relação ao ano passado.

No caso das tarifas, a receita obtida com a cobrança pela prestação de serviços bancários chegou a R$ 29,442 bilhões neste ano, 22,5% a mais do que nos primeiros nove meses de 2004.

A renda alcançada com as operações de câmbio é que foram no caminho inverso e se reduziram: passaram de R$ 4,165 bilhões em 2004 para R$ 2,686 bilhões em 2005, queda de 35,5%.

Cooperativas

O levantamento do BC mostra também como foi o desempenho de 1.420 cooperativas de crédito que atuam no país. O lucro alcançado por essas instituições cresceu 74,45% e chegou a R$ 380,6 milhões entre janeiro e setembro deste ano.

O crescimento percentual é grande porque as cooperativas ainda ocupam um lugar bastante pequeno no mercado. Ainda assim, a maior rentabilidade deste ano foi conseguida com um aumento relativamente pequeno no porte desse tipo de instituição bancária. Em setembro último, o patrimônio líquido das cooperativas somava R$ 4,963 bilhões, um crescimento de 26% em relação ao valor registrado em setembro do ano passado.




Fonte: Redação 24HorasNews

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