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Economia
Terça - 13 de Dezembro de 2005 às 08:00
Por: Anelize Moreno

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Cerca de 300 mil litros de leite serão jogados fora diariamente a partir de janeiro em Mato Grosso se o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não prorrogar o prazo para adequação dos laticínios à Instrução Normativa (IN) 51, que estabelece novas regras ao controle de qualidade da cadeia leiteira. Para se adequar às regras 23 empresas mato-grossenses das cerca de 60 que possuem o certificado do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e são habilitadas a vender a produção para outros Estados, demandam cerca de R$ 4 milhões em financiamento, em caráter de emergência. Os recursos serão destinados à aquisição de câmaras de maturação de queijo, melhoria das plantas físicas e compra de equipamentos. Em média cada laticínio precisa de R$ 200 mil.

No final deste mês encerra o prazo legal de 6 meses concedido pelo Mapa para adaptação à norma. A IN 51 está sendo aplicada desde julho, em função da prorrogação na data inicial de primeiro de janeiro deste ano para entrar em vigor. O setor alega que não conseguiu nesse período captar financiamentos e não possui recursos próprios para fazer os investimentos necessários. As empresas se articulam agora para buscar crédito junto ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Fundeic).

O vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Avalone, destaca que para articular os recursos necessários é preciso pelo menos um prazo de mais 90 dias. O superintendente federal de Agricultura em Mato Grosso, Paulo da Costa Bilego, considera pouco provável a flexibilização na data limite para o enquadramento das empresas. O assessor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindilat), Eldor Sontag, justifica que algumas unidades da federação como São Paulo e Minas Gerais conseguiram prorrogar o prazo.

Bilego afirma desconhecer a concessão de mais tempo a outros Estados, mas se comprometeu em verificar a possibilidade. O Mapa, em Brasília, foi contatado por meio da assessoria de imprensa, mas ninguém foi encontrado para confirmar a informação. Ontem não houve expediente no órgão pois o gabinete do ministro estava em confraternização natalina.




Fonte: A Gazeta

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