Venda de consórcios cresce 40%
Enquanto o setor imobiliário opera juros de 0,75% a 1,2% ao mês, as administradoras de consórcio cobram uma taxa de administração de cerca de 0,15% ao mês. As mensalidades sofrem ainda uma atualização anual de acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que de janeiro a outubro deste ano acumula elevação de 6,13%.
A média nacional de expansão no segmento entre janeiro e agosto, número oficial mais recente repassados pelo Banco Central, foi de 35%. Nos primeiros oito meses de 2004 haviam 210 mil consorciados ativos no país ante 284 mil no mesmo intervalo de tempo deste ano. O gerente comercial dos Consórcios Trescinco em Mato Grosso, Fernando Sales, considera que por ser menos burocrático o consórcio atinge uma parcela da população que os financiamentos não conseguem alcançar.
Um consumidor com uma renda de R$ 500 por mês, por exemplo, pode adquirir uma carta de crédito no valor de R$ 20,8 mil para usar na aquisição de qualquer tipo de imóvel, seja residencial, comercial, rural ou para reforma. O pagamento pode ser feito em até 130 meses, com uma mensalidade de aproximadamente R$ 160. A única condição é que no máximo 30% da renda pode ser comprometida.
A ampliação no número de empresas operando a modalidade também justifica o crescimento observado este ano, conforme o presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac), Rodolfo Montosa. O objetivo da maioria das pessoas é comprar a casa própria, o que também cria um ambiente favorável para a expansão de vendas do segmento, considera Sales.
No Estado o déficit habitacional é de aproximadamente 70 mil moradias, de acordo com informações do Sindicato da Habitação em Mato Grosso (Secovi).
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