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Sexta - 09 de Dezembro de 2005 às 09:48
Por: José Ribamar Trindade

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Transporte coletivo em Cuiabá é um caos. Fato! Pior que isso: ser usuário do sistema de transportes coletivos na Capital é andar na incerteza de que se chegará ao destino final. Bem a exemplo do que acontece no Rio de Janeiro. E são os números que comprovam: em menos de dois anos já foram registrados 1.528 assaltos a coletivos na Grande Cuiabá. Os números correspondem aos meses de janeiro a dezembro de 2004 e a janeiro e a outubro deste ano: um ano e dez meses. A empresa Nova Cuiabá aparece nas estatísticas como a maior vítimas dos ladrões com 469 roubos a ônibus nos últimos 22 meses.

Em 2004, segundo Raimundo Silva Santos, gestor de Segurança da Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (MTU), foram registrados 920 roubos a coletivos. Neste ano, até o último mês de outubro, foram registrados outros 608 assaltos na Grande Cuiabá. A expectativa é de que os números de roubos este ano cheguem bem perto dos registrados no ano passado – o que indica pequena redução da média.

O que mais chama a atenção, no entanto, é que de todos os assaltos registrados, poucos ou quase nenhum foram investigados como deveriam ser. Ou seja, após o susto de motoristas, cobradores e passageiros, os casos eram registrados, mas logo em seguida caiam no esquecimento.

O relatório da MTU ainda especifica as empresas mais assaltadas, os locais preferidos dos bandidos e os horários que eles mais gostam e costumam agir. Até alguns bandidos já teriam sido identificados, pois são praticamente os mesmos que agem em determinadas regiões de Cuiabá e Várzea Grande. As empresas mais assaltadas são: Princesa do Sol: 261 assaltos; Nova Cuiabá: 898; Norte Sul: 57 roubos; Tut Transportes: 88; Ager Transportes: 51; Arara Azul: 91; Garça Branca: 48; União Transportes: 78, e a Pantanal Transportes, que entrou este ano no mercado e já foi assaltada 67 vezes, quase dois assaltos por semana.

A violência e o medo, no entanto, começam antes mesmo do embarque. O fim do Terminal da Praça Bispo ainda é questionado por muita gente. No novo sistema de integração – também condenado pelos usuários do sistema – fez com que as linhas fossem diluídas por toda a região central de Cuiabá. “Ficamos exportos a tudo. É muito arriscado” – diz Valdete Gomes. “A integração também está falha. Não era como antes. Muitas vezes a gente paga duas passagens. E depois que está dentro não tem como voltar”.

Os bairros que mais registraram assaltos contra coletivos entre janeiro de 2004 e outubro deste ano são: Morada da Serra, com uma média de quatro roubos por dia; Ribeirão do Lipa com uma média de quatro a cinco roubos por dia; Planalto com dois assaltos diários, os Jardins Florianópolis e Vitória, além do bairro Altos da Glória, na mesma região, com três assaltos por di





Fonte: 24 Horas News

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