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José Dirceu declara: governo Lula "acabou"
Nesta quarta-feira, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarava que levaria José Dirceu para o palanque em 2006, começava a circular nas bancas entrevista em que o ex-ministro da Casa Civil classifica seu antigo chefe e aliado como uma pessoa "difícil". Segundo afirmou, a gestão de Lula "acabou" com o início da crise política. "Na verdade, não sobrou nada", avaliou, referindo-se ao declínio de importantes lideranças do governo como ele próprio, Luiz Gushiken e Gilberto Carvalho - acusados de envolvimento no suposto esquema do "mensalão".
Cassado há poucos dias na Câmara dos Deputados por conta das denúncias - vítima de "julgamento político" sem provas, segundo avalia -, Dirceu afirmou à revista Fórum que saiu do governo apenas porque percebeu que Lula assim o desejava. Questionado pela reportagem se teria problemas de relacionamento com o presidente, o agora ex-deputado federal sinalizou que sim:
"Uma mistura de coisas. O personagem é difícil. Está ficando claro isso", opinou. Dirceu ainda reiterou as críticas à atual política econômica e à gestão do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmando que deveria ter deixado o governo no final de 2004, quando Lula teria claramente optado em seguir o caminho que Palocci defendia. José Dirceu ainda deixou claro que as divergências não se restringiam somente à economia:
"Não só por isso (divergências com Palocci), mas também (saí) pela questão da reforma política, reforma ministerial, o papel do partido", garantiu o petista, ex-presidente do partido. Quanto à posição de Lula no plano da economia, Dirceu acredita que Lula optou por ir "devagar" na construção de um governo de esquerda e preferiu priorizar a "segurança e a estabilidade".
Mensalão Para José Dirceu, o esquema de caixa dois operado pelo ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério foi um "pretexto" da oposição para chamar o PT e o governo de corruptos - o que "não é verdade", avalia.
Defendendo a tese de que os R$ 55 milhões movimentados pela dupla foram provenientes de empréstimos tomados nos bancos BMG e Rural, Dirceu garante que a administração atual "não é um governo de negócios". E apontou sua carga contra PSDB e PFL, defendendo que os principais partidos da oposição arrecadaram recursos privatizando estatais e fazendo "grandes negócios".
Dirceu também defendeu a política de alianças que ele mesmo comandou na composição do atual governo. De acordo com o ex-ministro, a inclusão de PL, PTB e PP na base governista foi legítima por ter sido realizada com "transparência". Aproveitando a oportunidade, criticou o PSDB, afirmando que os tucanos "querem renegar" o suposto fato de serem "uma costela" do PMDB e do PFL.
A entrevista de Dirceu à Forum, publicação alinhada com a esquerda, foi concedida em 27 de novembro, antes de sua cassação na Câmara, aprovada no último dia 20.
Cassado há poucos dias na Câmara dos Deputados por conta das denúncias - vítima de "julgamento político" sem provas, segundo avalia -, Dirceu afirmou à revista Fórum que saiu do governo apenas porque percebeu que Lula assim o desejava. Questionado pela reportagem se teria problemas de relacionamento com o presidente, o agora ex-deputado federal sinalizou que sim:
"Uma mistura de coisas. O personagem é difícil. Está ficando claro isso", opinou. Dirceu ainda reiterou as críticas à atual política econômica e à gestão do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmando que deveria ter deixado o governo no final de 2004, quando Lula teria claramente optado em seguir o caminho que Palocci defendia. José Dirceu ainda deixou claro que as divergências não se restringiam somente à economia:
"Não só por isso (divergências com Palocci), mas também (saí) pela questão da reforma política, reforma ministerial, o papel do partido", garantiu o petista, ex-presidente do partido. Quanto à posição de Lula no plano da economia, Dirceu acredita que Lula optou por ir "devagar" na construção de um governo de esquerda e preferiu priorizar a "segurança e a estabilidade".
Mensalão Para José Dirceu, o esquema de caixa dois operado pelo ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério foi um "pretexto" da oposição para chamar o PT e o governo de corruptos - o que "não é verdade", avalia.
Defendendo a tese de que os R$ 55 milhões movimentados pela dupla foram provenientes de empréstimos tomados nos bancos BMG e Rural, Dirceu garante que a administração atual "não é um governo de negócios". E apontou sua carga contra PSDB e PFL, defendendo que os principais partidos da oposição arrecadaram recursos privatizando estatais e fazendo "grandes negócios".
Dirceu também defendeu a política de alianças que ele mesmo comandou na composição do atual governo. De acordo com o ex-ministro, a inclusão de PL, PTB e PP na base governista foi legítima por ter sido realizada com "transparência". Aproveitando a oportunidade, criticou o PSDB, afirmando que os tucanos "querem renegar" o suposto fato de serem "uma costela" do PMDB e do PFL.
A entrevista de Dirceu à Forum, publicação alinhada com a esquerda, foi concedida em 27 de novembro, antes de sua cassação na Câmara, aprovada no último dia 20.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/331047/visualizar/
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