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Economia
Domingo - 23 de Dezembro de 2012 às 16:48
Por: Priscilla Silva

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Com déficit de trabalhadores nas obras para o Mundial de 2014, a Secretaria Especial da Copa do Mundo (Secopa/ MT) e sindicatos da construção civil e pesada poderá firmar acordo até a metade de 2013. De acordo com a Secopa/MT, atualmente as obras contam com a mão de obra de dois mil trabalhadores.

A parceria foi debatida durante um encontro entre o secretário especial da Copa, Maurício Guimarães, e os presidentes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Construção Civil de Cuiabá e Municípios (Sintraicccm) e do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Mato Grosso (Sintecomp), Adão Pereira Julião, nesta sexta (21). Na ocasião eles definiram um calendário de encaminhamento do acordo. A proposta prevê benefícios diferenciados aos operários da Secopa.

O secretário da Geral da Copa afirmou que nos próximos dias apresentará às empresas envolvidas nas obras a proposta sugerida pelos sindicatos. O secretário informou ainda que irá articular junto ao governo do Estado outros benefícios aos trabalhadores, tais como a qualificação profissional.

Ainda em janeiro, o documento final será encaminhado para análise da Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE).

Maurício informou ainda a criação de um Fórum de Trabalhadores e entidades de defesa para fazer o acompanhamento das obras e o cumprimento da legislação trabalhista.

O Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Valdiney Antônio de Arruda, que também esteve presente na reunião desta sexta, salientou a possibilidade representada pelo acordo no que diz respeito à valorização do trabalhador.

“Este acordo poderá ir para além das obras da Copa. É importante este olhar que o Estado dará em prol da valorização do trabalhador”.

Segundo Mauricio Guimarães, o acordo permitirá oferecer oportunidade para a mão-de-obra local. “Estou muito feliz em poder chegar a este entendimento entre as partes, pois este é um projeto que não se constrói sozinho. Os trabalhadores que atuarem nas obras da Copa com certeza terão um currículo diferenciado”.

O sindicalista Nivaldo de Castro Alves, do Sintecomp, avaliou o momento como “a realização de um sonho”, já que há 20 anos a entidade tenta sem sucesso estabelecer uma negociação igualitária com as cerca de 180 empresas do setor.
 
“Nunca conseguimos dialogar, chegar a um acordo, portanto este momento tem um significado enorme para todo os trabalhadores da construção pesada, que geralmente, pela própria exigência das obras, passam seis meses por ano desempregados”.

Com informações da assessoria do Sintraicccm.






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