Juiz determina cancelamente de 42 pensões vitalícias em Várzea Grande
Entre as que foram anuladas estão ex-servidores temporários de nível elementar que tinham contrato temporário e não passaram em concurso público. Em abril deste ano mais duas pensões foram canceladas pelo juiz Onivaldo Budny, da 3ª Vara da Fazenda Pública da cidade.
As outras são ex-servidores que foram desligados da prefeitura porque na época da aprovação da Constituição, em 1988, não tinham tempo de serviço para serem efetivados e nem haviam sido aprovados em concurso público. Mas, mesmo assim foram aposentados pela administração de Nereu Botelho, um direito previsto na lei municipal 1503/94, que foi cassada pela Justiça a pedido do Ministério Público.
O promotor Carlos Eduardo Silva diz que os benefícios eram ilegais e inconstitucionais porque foram propostos a pessoas que não recolheram contribuição previdenciária. "A maioria delas possui vínculos políticos com os administradores públicos que concederam o benefício", diz o promotor. No entendimento do promotor, esse é um tipo de apadrinhamento inadimissível porque faz uso do dinheiro público, arrecadado pela prefeitura com os impostos pagos pela população.
O secretário de Administração, José Braga, de acordo com a Secretaria de Comunicação, garante que vai instaurar uma auditoria para investigar a folha de pagamento, cujo sistema, segundo ele, é antigo, falho e passível de fraudes. Em um levantamento preliminar, feito nesta semana, Braga diz que encontrou outros casos de aposentadorias concedidas indevidamente. O levantamento deve ser concluído até o final do mês.
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