Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 07 de Dezembro de 2005 às 16:36

    Imprimir


presidente George W. Bush enumerou hoje "tangíveis" progressos no Iraque, especialmente na área econômica, e reiterou que os Estados Unidos "não sairão correndo" sem conseguir a vitória completa e encaminhar a reconstrução do país árabe. Os iraquianos estão vendo avanços concretos em suas vidas cotidianas porque "há um ano estávamos lutando nas ruas e agora as pessoas estão comprando, comendo e não têm medo", disse Bush em Washington, em um novo discurso visando a rebater as crescentes críticas contra sua política para o Iraque.

"A reconstrução não foi sempre como esperávamos", mas cidades como Mossul e Najaf são exemplos palpáveis do progresso econômico e político, afirmou o presidente em seu discurso perante o Conselho de Relações Exteriores, um centro conservador de estudos políticos.

Nessas duas cidades, acrescentou, as pessoas estão começando a ver os benefícios reais que uma sociedade democrática pode oferecer.

Segundo Bush, agora há mais hospitais e escolas, as pessoas têm carros e telefones celulares e há milhares de novas lojas.

O presidente disse ser consciente de que ainda há muito trabalho a ser feito e "dias duros" pela frente no Iraque, mas garantiu que os Estados Unidos acompanharão os iraquianos em todo o processo de reconstrução do país, não apenas no âmbito econômico, mas também no político e no da segurança.

O presidente mandou um recado a todos que dizem, em Washington, que não é possível ganhar esta guerra e que as tropas americanas devem voltar para casa.

Segundo ele, essas pessoas estão enganadas porque uma retirada imediata beneficiaria os terroristas, poria em perigo o povo americano e tornaria mais perigosa a região do Oriente Médio.

"Isso não vai acontecer enquanto eu for o comandante-em-chefe", afirmou Bush. "Os Estados Unidos não sairão correndo do Iraque".

"Vamos completar a missão" e "nossas tropas voltarão para casa com a honra que merecem", mas só quando tiverem conquistado o objetivo de uma "vitória completa", acrescentou.

O discurso de hoje é o segundo de Bush nos últimos dias sobre a guerra global contra o terrorismo. Ele ainda deve fazer outros dois até as eleições parlamentares iraquianas, no dia 15.

Esses discursos fazem parte da contra-ofensiva da Casa Branca para defender sua "Estratégia Nacional para a vitória no Iraque" e enfrentar a crescente impopularidade da guerra que, desde seu início, em março de 2003, já matou mais de 2.100 soldados americanos.

Na terça-feira foi a vez de o vice-presidente Dick Cheney, e na segunda, de o chefe do Pentágono, Donald Rumsfeld, tentarem convencer os americanos que criticam a estratégia do Governo.

No entanto, a mensagem do presidente e dos "pesos pesados" de seu Governo continuar sem convencer alguns democratas que acusam Bush de não ter um plano claro para a vitória.

É o caso da líder da minoria democrata na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, que afirmou hoje que Bush está desligado da realidade vivida dia a dia no país árabe.

"Ele diz que a situação de segurança no terreno está melhor, mas isso não é verdade", afirmou Pelosi. "Mais do mesmo no Iraque não nos deixará mais seguros".

Para o senador democrata por Wisconsin, Russ Feingold, o presidente "deveria oferecer um plano" à opinião pública, com um calendário concreto para encerrar a missão militar no Iraque, em vez de se empenhar em defender uma estratégia que não funciona.

O ex-presidente Jimmy Carter entrou no debate político sobre o conflito iraquiano com declarações divulgadas hoje pelo jornal The Times Herald-Recorde, de Middletown, no estado de Nova York.

Carter disse considerar que as tropas americanas terão que ficar décadas no Iraque.





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/331137/visualizar/