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Internacional
Quarta - 07 de Dezembro de 2005 às 12:48

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Pelo menos 96 pessoas estão desaparecidas em uma mina no norte da China em conseqüência de uma forte explosão ocorrida hoje, informou a agência estatal Xinhua. O acidente ocorreu perto da cidade de Tangshan, na província de Hebei, cerca de 150 quilômetros de Pequim. No momento da explosão, às 15h30 (5h30 em Brasília), 123 mineiros estavam trabalhando nos poços da mina.

Três horas e meia depois, somente 27 mineiros tinham conseguido escapar do local do acidente, onde as equipes de resgate continuam a buscar sobreviventes entre os escombros, acrescentou a fonte.

Ao ser informado sobre o desastre, o vice-governador provincial, Fu Shuangjian, e outros funcionários do serviço de segurança industrial de Hebei foram à mina para coordenar as equipes de resgate e iniciar a investigação sobre a explosão.

Este acidente, cujas causas ainda são desconhecidas, ocorre um dia após a recuperação do último corpo na mina de carvão de Dongfeng, província de Heilongjiang, onde 171 mineiros morreram em uma explosão.

Na província de Henan, 42 mineiros ainda estão presos dentro da mina de carvão de Sigou, que foi inundada. Equipes de resgate tentam salvar os trabalhadores, mas as máquinas para retirar água e os mergulhadores ainda não tiveram sucesso na busca de sobreviventes.

As minas chinesas estão entre as mais perigosas do mundo. Cerca de 8 mil pessoas morrem por ano nessas jazidas. A grande demanda de carvão, que cobre 73% das necessidades energéticas do país, obriga os mineiros a trabalhar sem descanso e a cavar poços cada vez mais profundos, onde freqüentemente ocorrem explosões de gás metano.

Nos seis primeiros meses de 2005, cerca de 2.700 pessoas morreram em explosões, inundações e desabamentos nas minas de carvão do país, o que levou as autoridades centrais a adotar medidas de emergência, com mais inspeções nos poços e o reforço das normas de segurança.

É comum, no entanto, que os proprietários das minas fechem os poços durante a visita dos inspetores e reabram as jazidas ilegalmente no dia seguinte, às vezes com a conivência dos próprios trabalhadores, que não têm outro modo de ganhar a vida.




Fonte: EFE

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