Brasileiro ganha ouro em Olimpíada de Astronomia
Apesar disso, nenhum obstáculo conseguiu tirar de Felipe Ferreira Villar Coelho, de 15 anos, a inédita medalha de ouro. O estudante do Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Vitória, foi um dos 14 vencedores na competição.
Os brasileiros estavam em desvantagem porque o céu da China e do hemisfério Norte é totalmente diferente daquele observado a partir do continente sul-americano.
Apesar de terem sido treinados para as diferenças no Planetário do Rio de Janeiro, uma semana antes do embarque para Pequim, sempre existia a expectativa de que a famosa regra futebolística “treino é treino, jogo é jogo” entrasse novamente em cena.
A medalha de ouro mostra que os astrônomos Jorge Marcelino dos Santos Júnior e Fernando Antônio Pires Vieira treinaram bem os jogadores para a competição. Eles, no Rio de Janeiro, simularam pelo planetário carioca o céu da China próximo ao momento em que seriam disputadas as provas de observação.
A liderança dos professores Roberto Ortiz, da Universidade Federal do Espírito Santo, e Nuricel Aguilera, da Universidade Paulista (Unip), ajudaram muito o grupo em Pequim.
Os alunos designados pelo Brasil têm participação garantida na competição internacional, uma vez que o país organiza há sete anos a sua Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Em 2005, participaram da competição 3.229 escolas. A maioria (74,4%) é pública.
Além do medalhista de ouro estiveram na China os estudantes Gustavo Amarante Furtado, do Colégio Pedro II (RJ), Marcos Alberto Martins Torres Júnior, do Colégio 7 de Setembro (CE), Nathan Willig Lima, do Colégio Militar de Porto Alegre, Henrique Oliveira da Mata, do Colégio Objetivo (SP), e Gustavo Donadia Nascimento, do Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo.
A próxima OBA já tem data marcada: 12 de maio de 2006. As escolas interessadas em participar podem ainda cadastrar-se por e-mail. É preciso, no texto, indicar qual professor será responsável pela equipe da escola na competição.
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