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Nacional
Terça - 06 de Dezembro de 2005 às 14:33
Por: Vannildo Mendes

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A representante da Organização das Nações Unidas (ONU), a paquistanesa Hina Jilani, começou ontem a inspecionar a situação dos defensores de direitos humanos no Brasil. Nos últimos anos, a situação se agravou no país, sobretudo na região Norte, onde 35 ativistas de direitos humanos, entre religiosos, sindicalistas e dirigentes de ONGs estão ameaçados de morte. Entre estes, dez já estão amparados por um programa de proteção criado pelo governo federal desde o assassinato da irmã americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, morta a tiros por pistoleiros em 12 de fevereiro último, no Pará.

Durante duas semanas, a representante da ONU vai visitar seis Estados e conversar com autoridades federais e estaduais para colher dados sobre as denúncias de crimes e ameaças contra o trabalho dos defensores de direitos humanos. Ela verificará também as providências adotadas pelo governo brasileiro para garantir a punição dos responsáveis e reduzir os índices de violência.

Hina participará, como observadora internacional, no próximo sábado (10), do julgamento dos pistoleiros que confessaram ter matado a freira, Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, e Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo. Os outros três acusados -dois mandantes e um intermediário na contratação dos pistoleiros -só serão julgados no próximo ano. Autoridades estrangeiras, jornalistas e militantes de direitos humanos de vários países acompanharão o julgamento dos acusados. Segundo a representante da ONU, o mundo está de olho no Brasil por causa de crimes como este. "Foi um caso alarmante. São necessárias medidas eficazes para punir os criminosos". Hina também observará se o arcabouço jurídico e político do Brasil cria ambiente seguro para os defensores de direitos humanos trabalharem.





Fonte: Brasília/AE

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