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Polícia Brasil
Terça - 06 de Dezembro de 2005 às 10:49
Por: José Ribamar Trindade

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Represália ou tentativa de intimidação. São as únicas palavras que a Polícia Militar tem para o ataque a bomba por volta de 1 hora da madrugada de hoje ao prédio em construção da Companhia Comunitária do Jardim Vitória, na periferia de Cuiabá. Os bandidos da região que já mandaram até recados de que não querem e vão tentar impedir, de qualquer maneira a inauguração do prédio, também recebem um recado ainda mais audacioso do coronel Antonio Benedito Campos Filho, comandante do CR-1 (Comando Regional-1) da PM.

“Não vamos dar trégua aos marginais, por isso eles estão revoltados”, afirmou agora a pouco o coronel Campos Filho, ao conversar com a reportagem do Site 24 Horas News. Vocês não imaginam a pressão que eles estão fazendo, mas nós não temos compromissos com bandidos, mas sim com a sociedade. Vamos continuar o trabalho de limpar a área para a tranqüilidade da comunidade”, avisa Campos Filho.

Além da revolta pela construção da Companhia Comunitária, em fase final de acabamento, os bandidos da região do Jardim Vitória ainda sofreram sérias baixas dias atrás. Numa operação em apoio à Gerência Estadual de Polinter, a PM prendeu cinco assaltantes procurados pela Justiça, e ainda cumpriu 18 mandados de prisões e buscas e apreensões na mesma região.

“Essa é a maior revolta deles. Tiramos de circulação praticamente os principais líderes deles”, pondera Campos Filho

A EXPLOSÃO

Hoje, por volta de 1 hora da madrugada, bandidos ainda desconhecidos da Polícia, explodiram uma bomba caseira dentro do prédio em construção da Companhia de Policiamento Comunitário do Jardim Vitória. A explosão foi tão forte, que parte do telhado veio a baixo.

No momento da explosão, dois policiais militares estavam dentro do prédio, mas nenhum deles foi atingido. A bomba, segundo a PM, teria sido jogada através de uma janela. Só que, ninguém viu nada.

MORADORES DENUNCIAM

Os moradores do Jardim Vitória também estão revoltados, tanto com a ação dos bandidos, como da própria Polícia Militar. Uma moradora da região ligou agora a pouco ara a redação, quando fez algumas denúncias, que segundo ela, precisam ser investigadas pelo alto comando da PM.

“O prédio ainda nem foi inaugurado, mas já está sendo usado, não como quartel, mas sim como recrutamento de mulheres. Os PMs que trabalham o transformaram em um verdadeiro bordel. Hoje, no momento da explosão, não tinha apenas PM la dentro, tinha também mulher. Aliás, o que não falta lá é mulher”, ironiza a denunciante.

Revoltada, a denunciante desabafa: “Lá vive cheio de mulheres. Os PMs não trabalham, e quando a gente chama eles para atender uma ocorrência de roubo, por exemplo, eles demoraram até três horas para atender. Isso quando atendem. Gostaríamos que os comandantes da PM investigassem e fossem lá de surpresa”.




Fonte: 24 Horas News

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