Envolvido em ataque é solto por bom comportamento
Gerente do tráfico no Morro da Fé, na Vila da Penha, Lorde foi preso em dezembro de 1998 pela PM com cocaína e maconha. Ele cumpriu pena na Penitenciária Milton Dias Moreira, no Complexo Frei Caneca, no centro do Rio. Em sua ficha na Secretaria de Administração Penitenciária, Lorde também é citado como Russo. Ele já tinha sido preso antes por assalto a mão armada.
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) recebeu informação de que Lorde e a namorada Brena, que também participou do crime, teriam fugido para São Paulo. Segundo a menina de 13 anos, eles costumavam viajar para lá quando a polícia fechava cerco. "Lorde morou em São Paulo e pode estar lá. Também não descartamos a possibilidade de ele ser ligado a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A prisão dele é uma questão de honra", disse o chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins.
Além do casal, a DRE também procura de Gabriel Amaral Távora, o Boca Mole, 18, que participou do atentado e vinha negociando se entregar. A família dele procurou a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, semana passada, por temer que os bandidos da facção Comando Vermelho ou a polícia o matassem. Segundo o deputado Geraldo Moreira, ficou acertado que o rapaz se entregaria ontem, o que não ocorreu.
Na madrugada de quinta-feira, quatro bandidos que participaram do ataque apareceram mortos a tiros na Penha. Segundo a adolescente de 13 anos, o crime foi ordem de Paulo Rogério Souza Reis, o Mica, também do Morro da Fé. "Essa história de bandido revoltado porque a família pega ônibus não existe. Os quatro foram mortos porque já tinham rivalidade com Mica. Foi questão de oportunidade", disse Lins.
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