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Nacional
Terça - 06 de Dezembro de 2005 às 09:56

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O traficante Anderson Gonçalves dos Santos, o Lorde, 25 anos, apontado como o mandante do atentado ao ônibus 350 na Penha, no Rio de Janeiro, há uma semana, está em liberdade condicional desde 12 de maio por bom comportamento. Condenado a oito anos e oito meses de prisão por tráfico, ele cumpriu cinco anos e sete meses e foi solto três anos antes do fim da pena. O benefício é previsto pela lei. Detida na noite de sexta-feira por participação no ataque, onde cinco passageiros morreram carbonizados, uma adolescente de 13 anos afirmou em depoimento ter partido de Lorde a ordem para fechar as portas do ônibus e "queimar tudo o que estiver dentro".

Gerente do tráfico no Morro da Fé, na Vila da Penha, Lorde foi preso em dezembro de 1998 pela PM com cocaína e maconha. Ele cumpriu pena na Penitenciária Milton Dias Moreira, no Complexo Frei Caneca, no centro do Rio. Em sua ficha na Secretaria de Administração Penitenciária, Lorde também é citado como Russo. Ele já tinha sido preso antes por assalto a mão armada.

A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) recebeu informação de que Lorde e a namorada Brena, que também participou do crime, teriam fugido para São Paulo. Segundo a menina de 13 anos, eles costumavam viajar para lá quando a polícia fechava cerco. "Lorde morou em São Paulo e pode estar lá. Também não descartamos a possibilidade de ele ser ligado a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A prisão dele é uma questão de honra", disse o chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins.

Além do casal, a DRE também procura de Gabriel Amaral Távora, o Boca Mole, 18, que participou do atentado e vinha negociando se entregar. A família dele procurou a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, semana passada, por temer que os bandidos da facção Comando Vermelho ou a polícia o matassem. Segundo o deputado Geraldo Moreira, ficou acertado que o rapaz se entregaria ontem, o que não ocorreu.

Na madrugada de quinta-feira, quatro bandidos que participaram do ataque apareceram mortos a tiros na Penha. Segundo a adolescente de 13 anos, o crime foi ordem de Paulo Rogério Souza Reis, o Mica, também do Morro da Fé. "Essa história de bandido revoltado porque a família pega ônibus não existe. Os quatro foram mortos porque já tinham rivalidade com Mica. Foi questão de oportunidade", disse Lins.





Fonte: O Dia

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