Estados Unidos, Alemanha e Holanda definiram neste sábado a localização dos mísseis Patriot que serão enviados à Turquia, uma medida que faz parte do operacional estipulado pela Otan para proteger o país de possíveis ataques aéreos vindos da vizinha Síria. "Os três membros da Otan que vão oferecer mísseis Patriot para aumentar a defesa aérea da Turquia já definiram os lugares em que as baterias serão implementadas", assinalou um porta-voz da Aliança em comunicado.
A decisão sobre a localização das baterias foi tomada "em estreita cooperação" com o comandante supremo da Aliança na Europa, o almirante americano James Stavridis, após uma avaliação militar da situação, sendo que cada país oferecerá duas baterias para serem instaladas ao longo da fronteira entre a Turquia e a Síria.
A Alemanha posicionará suas baterias em Kahramanmaras, enquanto a Holanda defenderá a região de Adana. Os Estados Unidos, por sua vez, articulará seus mísseis em Gaziantep. A instalação, que acontecerá ao longo das próximas semanas, "será somente defensiva" e "não é compatível com uma zona de exclusão aérea ou qualquer outra operação ofensiva", assegurou a Otan em comunicado.
O objetivo desta manobra é "evitar qualquer ameaça contra o território turco e também defender sua população, assim como diminuir a onda de violência na fronteira", completou o organismo.
Os Patriot que a Otan desdobrará na Turquia são projéteis terra-ar elaborados para interceptar mísseis, com alcance de uns 150 quilômetros. Segundo a Otan, a vantagem desses mísseis é que as baterias podem se movimentar rapidamente e resistir à interferência eletrônica.
Os mísseis Patriot atuais são uma evolução do modelo que começou a ser utilizado pelos Estados Unidos em meados dos anos 80 e aos que foram usados contra o Iraque na primeira Guerra do Golfo, em 1991
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