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Internacional
Segunda - 05 de Dezembro de 2005 às 14:42

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Bagdá - O ex-ditador do Iraque, Saddam Hussein, disse ao tribunal especial, onde está sendo julgado, que "não tenho medo de execução", e deu a entender que a primeira testemunha a depor contra ele precisa de tratamento psiquiátrico.

Após o testemunho de Ahmed Hassan Mohammed - que descreveu o massacre de Dujail, no qual forças do governo de Saddam mataram elo menos 140 pessoas, nos anos 80 - Saddam defendeu suas ações. Ele e outros sete réus podem ser condenados à morte pela chacina.

"Quando falo, falo como irmão de vocês", disse ele, dirigindo-se à corte. "seu irmão no Iraque e seu irmão na nação. Não temo ser executado. Percebo que há pressão sobre vocês e lamento ter de confrontar meus filhos. Mas não faço isso por mim. Faço pelo Iraque. não defendo a mim. Mas defendo vocês". E acrescentou: "Quero que vocês sejam os atiradores e as espadas contra o exército inimigo".

Quando a testemunha protestou, Saddam disse: "Não me interrompa, filho".

"Se algum dia ficar provado que Saddam Hussein pôs a mão em qualquer iraquiano, então tudo que aquela testemunha disse é verdade", afirmou ele. Ele também pediu ao juiz que a testemunha "seja examinada por uma instituição médica independente".

Pouco depois, o juiz declarou a sessão suspensa e marcou a continuação do julgamento para a próxima quarta-feira.




Fonte: AP

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