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Internacional
Segunda - 05 de Dezembro de 2005 às 11:32

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Um jovem suicida palestino causou hoje a morte de cinco israelenses e feriu outros 55 num atentado a bomba na cidade de Natânia, no norte de Israel. Lutfi Amin Abu Sami, de 21 anos e habitante da aldeia de Kfar Rai, a oeste de Jenin, na Cisjordânia, detonou os explosivos que levava na bolsa quando um guarda de segurança quis revistá-lo na entrada do centro comercial de Hasharon.

O movimento palestino Jihad Islâmica emitiu uma gravação de vídeo na qual Abu Sami, morto no atentado, mostrava sua afiliação a essa facção e expressava sua intenção de cometer um ataque suicida contra Israel.

Aparentemente, o guarda, que também morreu no atentado, quis revistar Abu Sami a vinte metros da entrada do centro comercial porque o considerou suspeito.

Pelo menos quatro dos 55 feridos se encontram em estado grave e vários são agentes da Polícia que tentaram impedir a entrada de Abu Sami ao centro comercial.

Em 12 de julho, outro suicida palestino detonou os explosivos que levava na entrada do mesmo centro comercial de Natânia, explosão que matou cinco israelenses e feriu 90.

O último atentado suicida palestino ocorreu em 26 de outubro em um mercado de Hadera, deixando seis mortos e cerca de 20 feridos, e provocou a retomada da política de "assassinatos seletivos" de milicianos palestinos pelo Exército israelense.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou o atentado e se comprometeu a prender os responsáveis, enquanto o negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, afirmou que o ataque prejudica seriamente os interesses do povo palestino.

Pela parte israelense, o ministro das Relações Exteriores, Silvan Shalom, afirmou que "o atentado em Natânia é mais uma prova de que a ANP não faz o suficiente para conter o terror".

O dirigente do Partido Trabalhista israelense, Amir Peretz, disse, por sua vez, que "se deve levar adiante uma guerra sem concessões contra o terrorismo".

Já o deputado árabe-israelense Mohammed Barakeh afirmou que o atentado serve aos interesses da direita israelense independentemente de quem o cometeu.

Enquanto isso, o primeiro-ministro Ariel Sharon convocou uma reunião extraordinária com os chefes dos organismos de segurança após o atentado. A reunião, informaram fontes do Governo, será realizada esta noite para analisar a situação e suas possíveis conseqüências.

Justamente hoje, o ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, havia ordenado a retomada dos "assassinatos seletivos" contra radicais palestinos, em resposta à intensificação dos disparos de mísseis contra o sul de Israel por milicianos palestinos a partir de Gaza.

Ontem, dirigentes de várias facções armadas palestinas, entre elas as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa e a Jihad Islâmica, repetiram suas ameaças contra Israel se o país continuar com o "derramamento de sangue palestino", entre eles os de dois jovens mortos em Gaza este fim de semana pelo Exército israelense.




Fonte: EFE

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