Nenê, que ganha mais de R$ 1 milhão por mês no PSG, recebeu proposta de menos de R$ 500 mil do Santos (Foto: Reuters)
O Santos intensificou nessa sexta-feira as negociações para tentar repatriar Nenê. Pela primeira vez, o clube fez contato com Gilvan Costa, empresário que representa o atleta no Brasil. Antes, a diretoria tratou com um representante na França, fez uma consulta ao PSG (FRA), clube do meia-atacante, e contatos diretos com o próprio jogador, que desembarcou no país na quinta-feira à noite.
Na conversa com o empresário, o Santos ofereceu um contrato de três anos e uma oferta de salário considerada razoável pela diretoria. Mas, segundo Gilvan Gosta, os valores ainda estão muito distantes do desejado pelo jogador.
Em contato com a reportagem, o agente não quis revelar a oferta santista, mas afirmou que foi bem longe de R$ 500 mil mensais e, mesmo que fosse, ainda estaria distante do pretendido. Ele lembra que Nenê recebe mais de R$ 1 milhão por mês do PSG atualmente.
"O Santos me contactou pela primeira vez, fizeram a proposta, mas muito longe. Ficamos de conversar novamente, mas ainda está longe de um acerto", afirmou Gilvan. Ciente de que seu cliente tem pressa para resolver o futuro, o empresário gostaria de concluir a situação antes do Natal, mas acredita não ser possível.
"Ainda está tudo muito longe do que ele quer e os negócios têm de ser feitos com calma. O pessoal está colocando o Nenê mais perto do Santos do que está", disse o representante.
Os dirigentes do Santos tentam negociar os salários com Nenê pois sabem que podem tê-lo sem ter de pagar nada ao PSG. O jogador chegou ao País para passar férias, com a intenção de não retornar e com a promessa de que será liberado de graça em caso de acerto com algum clube.
Apesar disso, a diretoria ainda não quer fazer loucuras, pois a prioridade é acertar o retorno de Robinho e, para isso, já terá de comprometer parte importante do orçamento. O atacante pede R$ 1,1 mi de salários e o clube ofereceu R$ 800 mil. Além disso, o Milan (ITA) quer cerca de R$ 27 milhões para liberá-lo, enquanto o Santos tenta se aproximar ao máximo possível deste valor.
Na negociação com Nenê, o Peixe também não terá a prioridade, apesar de o jogador ver como positivo o retorno ao clube que defendeu em 2003. Botafogo, Flamengo e Corinthians também já demonstraram interesse em contar com o atleta. "O Nenê não vai dar prioridade, nada disso. O Santos é um time em que ele jogou bem, tem identificação, mas prioridade não podemos dar. Vamos analisar tudo o que for proposto", afirmou o empresário.
A reportagem tentou contato com os dirigentes do Santos, mas os celulares do vice-presidente Odílio Rodrigues e do superintendente de esportes Felipe Faro estavam desligados. Na busca por Robinho, Montillo e Nenê, a cúpula tem adotado o máximo de sigilo nas tratativas.
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