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Internacional
Segunda - 05 de Dezembro de 2005 às 04:25

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Caracas - Porta-vozes de partidos e organizações de oposição disseram que a alta abstenção "deslegitima" as eleições realizadas neste domingo na Venezuela. Os opositores do presidente Hugo Chávez se retiraram da disputa.

Henry Ramos Allup, secretário geral do Ação Democrática, assegurou que o novo Parlamento eleito é "legal", ainda que "não seja legítimo", pois "é um organismo onde não se encontra representada toda a população venezuelana, e menos a população eleitoral".

Ele assegurou que a "deslegitimação" dos comícios parte "da alta abstenção" pois, frisou, "apenas 10% dos eleitores foram votar", dos mais de 14 milhões de eleitores convocados.

O secretário geral do partido Primeiro Justiça, Gerardo Blyde, assegurou que o "silêncio" mostrado pelos eleitores nas urnas evidencia a "desconfiança" que possuem. A dirigente da organização de oposição Súmate, María Corina Machado, leu um comunicado em que lamenta os resultados eleitorais e assegura que, a partir deste domingo, "há menos democracia na Venezuela".

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou, em boletim, que a abstenção era de cerca de 75% quando estavam apurados 79,1% dos votos, para uma participação de 2.973.872 de venezuelanos.




Fonte: AFP

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