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Economia
Sábado - 22 de Dezembro de 2012 às 12:46
Por: Darlan Alvarenga

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Linha de envase de sidras da Cereser em Jundiaí (SP) (Foto: Divulgação)
Linha de envase de sidras da líder de mercado
Cereser, em Jundiaí, São Paulo
(Foto: Guilherme Reis/Divulgação)


 

A popular sidra é o produto típico de festas de fim de ano cuja venda mais dispara no mês de dezembro, aponta pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (Apas).

O levantamento feito pela Nielsen mostra que as vendas da bebida feita à base de fermentado de maçã crescem 749% no mês de dezembro em relação a média dos demais meses do ano, ficando à frente dos panetones e dos espumantes, cujas vendas aumentam, respectivamente, 525% e 400%.

Por ano, são vendidos cerca de 12 milhões de litros de sidra no país, segundo dados da Euromonitor. Dados da Nielsen mostram que o mercado de sidra no país deve fechar 2012 com um crescimento de cerca de 14% em termos de volume de vendas. Em termos de faturamento, a alta deve chegar a 20%.

De tudo o que é vendido da bebida no país, cerca de 80% das compras se concentram nos últimos dois meses do ano. “A sidra é o símbolo das festas no Brasil, mas ainda é um produto totalmente sazonal. Em São Paulo, 85% de todas as vendas acontecem nos meses de novembro e dezembro”, diz Rodrigo Mariano, gerente do departamento de pesquisa da Apas.
 

TOP 10 DE CRESCIMENTO DE VENDAS EM DEZEMBRO
Sidra 749%
Panetone 525%
Champagne 400%
Bronzeadores 138%
Uísque 130%
Rum 117%
Licor 83%
Chocolate 70%
Bebidas energéticas 67%
Repelente 60%
Fonte: Nielsen/Apas
 

Dados da Apas mostram que os dois últimos meses do ano respondem também por 65% do total de vendas de panetone e por 45% das vendas de champagne e espumantes.

“Os principais destaques são os produtos relacionados a festas, sobremesas e verão. E o que observamos é um movimento de qualificação dos produtos, com uma maior participação de produtos mais caros ou sofisticados”, afirma Mariano.

Sidra x espumante
Não é só sidra que o brasileiro está bebendo mais. Números da Nielsen apontam uma alta de 18,5% nas vendas de champagne e espumantes no varejo em 2012.

O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) projeta a venda de 25 milhões de litros de espumantes este ano, uma alta de 13% sobre os cerca de 20 millhões de litros comercializados em 2011. Do volume consumido em 2012, 15 milhões de litros devem ser de espumantes de vinícolas brasileiras.

Pelos dados da Nielsen, as vendas de espumantes no varejo ainda correspondem ao dobro do volume de sidras.

Cereser lidera mercado com 77% das vendas
A maior fabricante brasileira de sidra, a Cereser, prevê comercializar em 2012 mais de 28 milhões de garrafas de 660 ml da bebida, uma alta de 11% em relação a 2011. No mercado há 45 anos, a empresa, com sede em Jundiaí (SP), afirma responder por 77,5% das vendas da bebida no país.

“Apesar da popularização dos espumantes, a categoria sidra tem crescido ano a ano, muitas vezes acima das expectativas. E tudo indica que a sidra continuará sendo a bebida das comemorações dos brasileiros no futuro, porque dentro da categoria de bebidas para comemoração é única que oferece diferenciais como versão saborizada e sem álcool, cuja demanda tem sido crescente”, afrima José Fontelles, diretor comercial da Cereser.

Atualmente, cerca de 16% das sidras produzidas pela Cereser são exportadas para mais de 40 países. A categoria sidra responde por cerca de 44% da receita da empresa, que também produz destilados e vinhos.

Sabor de festa para todas as camadas
Um dos maiores diferenciais de mercado continua sendo o preço. Um brinde com um borbulhante à base de maçã da Cereser custa a partir de R$ 5. “Desde que foi lançado em 1967, o produto vem conquistando os consumidores por ser uma bebida refrescante e com sabor de festa, com um preço que atende a todas as camadas sociais", diz o diretor da Cereser.

A empresa, entretanto, tem apostado em versões mais "sofisticadas" para outros tipos de comemorações como casamentos, aniversários e bodas, além de linhas para times de futebol de forma a dissociar a sidra da imagem de bebida para as classes mais baixas.

“Vemos a sidra como um produto popular, símbolo das comemorações dos brasileiros, que hoje atende e ainda vem conquistando os paladares dos consumidores de diferentes classes sociais. O aprimoramento do produto e a inovação são fundamentais para manter a posição de destaque da sidra entre o público com maior poder aquisitivo e cada vez mais exigente em termos de qualidade, diz Fontelles.






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