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Chirac leva mensagem de "confiança e esperança" à África
O presidente francês, Jacques Chirac, disse hoje levar uma mensagem de "confiança e esperança à África" ao inaugurar em Bamaco (Mali) a 23ª Cúpula Franco-Africana, na qual, pela primeira vez, estão representados os 53 países do continente, cerca de trinta deles por seus chefes de Estado.
"Venho a Bamaco trazendo um sentimento de esperança e de confiança", disse o governante francês, que anunciou o "renascimento da África neste novo século".
"A África impressionará o mundo por suas realizações e seus sucessos", afirmou Chirac, que ratificou a vontade da França de contribuir para esse renascimento, mas alertou que "o caminho será longo e incerto".
O presidente pediu a duplicação da assistência pública internacional para o desenvolvimento do continente.
Às vésperas da conferência da OMC em Hong Kong, o dirigente francês se mostrou favorável a uma maior consideração da África nas negociações comerciais internacionais.
Chirac criticou a "política de liberalização dos intercâmbios agrícolas que arruínam os esforços dos Estados menos desenvolvidos", em alusão às subvenções dadas a agricultores por alguns países ricos, e que têm como conseqüência o empobrecimento dos camponeses africanos.
Chirac pediu aos Estados Unidos que cancelem as subvenções a seus produtores de algodão, assim como já foi feito pela União Européia, a fim de evitar a quebra de milhões de pequenos agricultores africanos que subsistem pelo cultivo do produto.
O presidente pediu o aumento das ajudas à África, para um total de US$ 150 bilhões anuais. Nesse âmbito, anunciou que a França criará um "imposto de solidariedade" sobre as passagens aéreas, que permitirá a mobilização de cerca de US$ 200 milhões anuais, e convidou os países que desejem unir-se ao programa para participar de uma conferência, marcada para fevereiro de 2006, em Paris, a fim de "tornar a medida irreversível".
Sobre a questão da imigração, Chirac anunciou medidas que visam a agilização das condições de viagem à França de algumas categorias de passageiros, que poderão beneficiar-se de vistos de longa duração e entradas múltiplas.
Entre os beneficiários da nova medida estão empresários, estudantes, professores, pesquisadores e artistas, que necessitam de flexibilidade nos vistos para exercerem suas atividades.
Já o anfitrião da cúpula, o presidente do Mali, Amadou Toumani Touré, defendeu a convocação de uma cúpula África-Europa para estudar a situação criada pelo êxodo de jovens africanos, que buscam um futuro melhor no velho continente.
A cúpula de Bamaco, que será concluída neste domingo, centrará seus debates no "Futuro da juventude africana". Temas como a pobreza e sua conseqüência imediata, a emigração, além de saúde e educação, concentrarão a atenção dos participantes da cúpula.
A conferência abordará também os conflitos que afetam a África, especialmente na região de Darfur, no oeste do Sudão, e na Costa do Marfim.
O presidente marfinense, Laurent Gbagbo, não pôde comparecer à cúpula em conseqüência dos ataques a um quartel de Polícia ocorrido na última quinta-feira em Abidjan, capital econômica e sede do Governo da Costa do Marfim, por um grupo fortemente armado que não foi identificado.
Alguns comentaristas puseram em dúvida a autenticidade do ataque, que classificaram como "montagem" do Governo para justificar a ausência de Gbagbo na cúpula franco-africana.
"Venho a Bamaco trazendo um sentimento de esperança e de confiança", disse o governante francês, que anunciou o "renascimento da África neste novo século".
"A África impressionará o mundo por suas realizações e seus sucessos", afirmou Chirac, que ratificou a vontade da França de contribuir para esse renascimento, mas alertou que "o caminho será longo e incerto".
O presidente pediu a duplicação da assistência pública internacional para o desenvolvimento do continente.
Às vésperas da conferência da OMC em Hong Kong, o dirigente francês se mostrou favorável a uma maior consideração da África nas negociações comerciais internacionais.
Chirac criticou a "política de liberalização dos intercâmbios agrícolas que arruínam os esforços dos Estados menos desenvolvidos", em alusão às subvenções dadas a agricultores por alguns países ricos, e que têm como conseqüência o empobrecimento dos camponeses africanos.
Chirac pediu aos Estados Unidos que cancelem as subvenções a seus produtores de algodão, assim como já foi feito pela União Européia, a fim de evitar a quebra de milhões de pequenos agricultores africanos que subsistem pelo cultivo do produto.
O presidente pediu o aumento das ajudas à África, para um total de US$ 150 bilhões anuais. Nesse âmbito, anunciou que a França criará um "imposto de solidariedade" sobre as passagens aéreas, que permitirá a mobilização de cerca de US$ 200 milhões anuais, e convidou os países que desejem unir-se ao programa para participar de uma conferência, marcada para fevereiro de 2006, em Paris, a fim de "tornar a medida irreversível".
Sobre a questão da imigração, Chirac anunciou medidas que visam a agilização das condições de viagem à França de algumas categorias de passageiros, que poderão beneficiar-se de vistos de longa duração e entradas múltiplas.
Entre os beneficiários da nova medida estão empresários, estudantes, professores, pesquisadores e artistas, que necessitam de flexibilidade nos vistos para exercerem suas atividades.
Já o anfitrião da cúpula, o presidente do Mali, Amadou Toumani Touré, defendeu a convocação de uma cúpula África-Europa para estudar a situação criada pelo êxodo de jovens africanos, que buscam um futuro melhor no velho continente.
A cúpula de Bamaco, que será concluída neste domingo, centrará seus debates no "Futuro da juventude africana". Temas como a pobreza e sua conseqüência imediata, a emigração, além de saúde e educação, concentrarão a atenção dos participantes da cúpula.
A conferência abordará também os conflitos que afetam a África, especialmente na região de Darfur, no oeste do Sudão, e na Costa do Marfim.
O presidente marfinense, Laurent Gbagbo, não pôde comparecer à cúpula em conseqüência dos ataques a um quartel de Polícia ocorrido na última quinta-feira em Abidjan, capital econômica e sede do Governo da Costa do Marfim, por um grupo fortemente armado que não foi identificado.
Alguns comentaristas puseram em dúvida a autenticidade do ataque, que classificaram como "montagem" do Governo para justificar a ausência de Gbagbo na cúpula franco-africana.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/331917/visualizar/
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