Papa diz que é preciso tomar consciência do "mal do aborto"

O papa disse neste sábado que é preciso "ajudar todas as pessoas a tomarem consciência do mal intrínseco do crime do aborto" e advertiu contra "as falsas concepções do casamento e da família".

Bento XVI fez esta avaliação em uma audiência com os participantes do terceiro Encontro de Presidentes das Comissões Episcopais para a família e a vida na América Latina.

Em seu discurso, o papa acrescentou que o aborto "atenta contra a vida humana em seu início", além de representar "uma agressão contra a própria sociedade".

Joseph Ratzinger se pronunciou contra as técnicas que "facilitam a eliminação do embrião e seu uso arbitrário em aras do progresso da ciência", que "se transforma em uma ameaça para o ser humano, ficando reduzido a um objeto ou a um mero instrumento" Por isso, os políticos e legisladores, "como servidores do bem social, têm o dever de defender o direito fundamental à vida, fruto do amor de Deus".

Por outro lado, afirmou que "o futuro da humanidade é baseado" na família, que está ameaçada pela "pressão de leis injustas que desconhecem seus direitos fundamentais".

O Bispo de Roma advertiu contra as "falsas concepções do casamento e da família que não respeitam o projeto original de Deus".

Neste sentido, assinalou que "chegaram a ser propostas novas formas de casamento, algumas delas desconhecidas nas culturas dos povos, nas quais se altera sua natureza específica".

O papa lembrou que será realizado no próximo ano o quinto encontro mundial de famílias, em Valência. Enviou ainda uma "saudação cordial" ao arcebispo da cidade, Agustín García-Gasco, um dos encarregados de sua preparação.

O Bispo de Roma disse desejar que o maior número de delegações participe deste "importante evento eclesial", para o qual expressou seu apoio e pôs "sob a amorosa proteção da Sagrada Família".