Américas se unem contra a gripe aviária

Representantes dos países do continente americano acordaram nesta sexta-feira, em Brasília, que reforçarão a cooperação para impedir uma possível epidemia de gripe aviária ou de outro tipo que possa ameaçar a população ou a criação e o comércio de aves.

A Conferência de Agricultura e Saúde sobre Planos Nacionais de Vigilância e Prevenção da Gripe Aviária foi encerrada nesta sexta-feira, no Itamaraty, com a assinatura de um documento em que os países do continente americano se comprometem a manter um fluxo de informação constante entre eles e com órgãos internacionais.

O compromisso expressado na "Carta de Brasília" obriga todos os países da América a informar imediatamente aos Governos e à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre qualquer caso de gripe que for detectado no continente.

O documento afirma que essa informação será "vital" para evitar "restrições desnecessárias ao comércio internacional", pois na medida em que as informações forem rápidas e precisas, não será necessário adotar medidas de embargo caso sejam vírus de baixa intensidade.

Segundo números apresentados na conferência, os países do continente americano são responsáveis por 47% da produção mundial e por 58% das exportações avícolas do mundo, por isso uma possível epidemia de gripe teria sério impacto no âmbito econômico.

O secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde brasileiro, Jarbas Barbosa, disse que o documento é fundamentalmente uma "ferramenta política", que reúne o compromisso dos países do continente americano de agir em conjunto diante de um risco que "ameaça a todos".