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Cidades/Geral
Sábado - 03 de Dezembro de 2005 às 02:53

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“A suspensão da privatização da merenda é o resultado da mobilização que iniciamos desde o lançamento do edital”. Foi com esta afirmação que a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) de Várzea Grande, Cida Cortez, avaliou a decisão da Prefeitura Municipal de interromper o andamento do processo de licitação iniciado em outubro.

A ordem de suspensão da terceirização partiu do secretário de Educação, Elismar Bezerra, durante a audiência pública realizada hoje, dois de dezembro, na Câmara de Vereadores. “A nossa intervenção nos encaminhamentos da prefeitura, que já havia selecionado a empresa fornecedora da merenda, foi fundamental para que a comunidade discutisse essa polêmica criada pelo Executivo”, disse Cida Cortez, lembrando que antes de sugerir ao Legislativo várzea-grandense a realização da audiência pública havia levado o caso ao conhecimento do Ministério Público Estadual (MPE). Na denúncia, o Sintep solicitou ao MPE que coletasse informações sobre a empresa vencedora da licitação e levantasse os gastos com a merenda escolar para posterior medida judicial.

A sindicalista espera que o prefeito Murilo Domingo (PPS), a partir de agora, procure administrar com mais transparência e dialogando com todos os setores da sociedade. “O prefeito precisa se preocupar com as outras áreas da Educação que estão com graves problemas. E são essas, como a melhoria das condições de trabalho e valorização dos profissionais, que precisam urgentemente de investimentos”, assinala a presidente do Sintep de Várzea Grande. Na opinião dela, “se ele (Murilo Domingos) priorizar pontos como esses certamente a sociedade vai poder contar com um ensino eficiente”.

Para servir merenda a cerca de 25 mil alunos da rede pública municipal o Executivo utiliza R$ 233 mil por mês. E com a privatização a prefeitura iria desembolsar R$ 12 milhões para o período de dois anos, o que corresponderia a R$ 500 mil mensais. O aumento equivaleria a aproximadamente 115%, e, nas contas do Sintep, seria um gasto desnecessário e substancial em relação ao que o município aplica atualmente. “O curioso é que os profissionais das escolas, incluindo aí as merendeiras, e os próprios alunos dizem que a merenda é de boa qualidade, com quantidade suficiente e variedade de itens de alimentos. Então, não há necessidade de mudanças. É só manter o serviço, que tem muito valor nutricional”, frisa a sindicalista.




Fonte: Da Assessoria

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