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Internacional
Quinta - 01 de Dezembro de 2005 às 08:40

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A Unaids, o órgão da ONU responsável pelo combate à Aids, está cobrando neste Dia Mundial do Combate à Aids o compromisso assinado por todos os países integrantes da ONU de enfrentar a doença, com a meta de chegar a 2010 com tratamento efetivo disponível para todos os soropositivos.

A campanha deste ano também pede a cada indivíduo que assuma o compromisso pessoal de combater o mal.

Em uma mensagem, o diretor-executivo da Unaids, Peter Piot, alertou que o mundo precisa reconhecer a ameaça da Aids e dar uma resposta à altura.

Segundo Piot, a alternativa seria aceitar que os esforços internacionais jamais vão alcançar a velocidade com que a doença infecta e mata pacientes.

"Escala maciça"

"Na Cúpula Mundial de Nova York, em setembro passado, todos os países-membros da ONU se comprometeram a desenvolver e implementar um programa de prevenção e tratamento ao HIV", disse.

O diretor-executivo da Unaids afirmou que programas de prevenção têm que ser implementados em escala maciça.

"Precisamos fazer o que for preciso para acelerar o ritmo do desenvolvimento de tecnologias de prevenção da doença entre as mulheres, novas gerações de tratamentos efetivos e uma vacina contra o HIV."

Precisamos manter o compromisso de prover prevenção eficiente, tratamento e cuidados para todos os que precisam. Não há desculpas.



Peter Piot, Unaids

Piot acha que é preciso se concentrar nos fatores que ainda contribuem para a expansão do vírus, como desigualdades sociais e entre os sexos.

Lições

Piot disse ainda que, depois de quase 25 anos convivendo com a Aids, o mundo aprendeu algumas lições, entre elas a de que investimento apropriado pode quebrar o ciclo de novas infecções e ajudar os pacientes a viver melhor e por mais tempo.

"Mas precisamos ir mais longe para que futuras gerações vivam sem a Aids."

"Os últimos dados mundiais sobre a Aids dão algumas esperanças: a taxa de infecção entre adultos diminuiu em alguns países, entre eles o Quênia, Zimbábue e alguns países do Caribe, incluindo Bahamas, Barbados, Bermudas, República Dominicana e Haiti."

"Mudanças como o aumento do uso de preservativos, o atraso da primeira experiência sexual e um menor número de parceiros sexuais tiveram papel chave no declínio", completou Piot.

Mesmo assim, hoje há 40,5 milhões de soropositivos no mundo, o maior número de pessoas infectadas ao mesmo tempo desde o surgimento da doença.

Ao todo, mais de 20 milhões de pessoas já morreram em consequência da Aids, desde o surgimento da doença.




Fonte: BBC Brasil

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