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Abatido, Aldo Rebelo não comenta cassação
Brasília - Visivelmente abatido, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) deixou o plenário sem dar declarações após a cassação de José Dirceu. Aldo - que no início da sessão, reagiu com vigor quando o deputado gaúcho Alceu Colares disse que ele não poderia presidir a votação por ter sido testemunha de defesa de Dirceu no Conselho de Ética - sequer leu o texto da resolução declarando a perda de mandato do petista, como é praxe nos processos de cassação.
Poucos parlamentares ainda estavam no plenário quando foi anunciada a derrota de José Dirceu, mas quase todos os líderes fizeram questão de assistir à contagem até o fim. "O processo foi justo e em nenhum momento tomamos posição partidária. Os deputados se convenceram que houve um processo de corrupção e que o deputado José Dirceu se envolveu nele. Mas o grande culpado ainda não foi julgado, é o presidente Lula. José Dirceu não é um negocista, não veio aqui para enriquecer. Mas cometeu erros políticos, como o de prestar serviço a Lula", disse o líder da minoria, José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Para o líder do PSDB, o sentimento geral era de constrangimento, apesar de o tucano considerar a cassação "necessária para o País, para a Câmara e para o futuro das instituições". Outro tucano, Jutahy Junior (BA), considerou que a Câmara fez justiça. "O deputado merecia ser cassado. O processo político que ele conduziu era desrespeitoso de forma absoluta. Se buscou apoio político com a compra de deputados", afirmou. "Dirceu é o segundo maior responsável, o primeiro vamos resolver nas urnas", completou Jutahy, referindo-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cabisbaixos
Os petistas acompanharam cabisbaixos o fim da sessão. Para o deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP), o julgamento foi orientado por um clima passional. "A Câmara atendeu a expectativa de satisfação da sociedade, mas as provas não existiam. Na prática, ganhou a decisão mais emocional em detrimento do estado de direito", lamentou. Na avaliação de Cardozo, a crise política não termina com a punição de Dirceu. "A cassação é o discurso de Jorge Bornhausen colocado em prática. Ou seja, ´acabar com essa raça do PT´ mesmo sem provas e começa com a cassação de Dirceu", disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS), referindo-se ao presidente do PFL.
O líder do PTB, José Múcio (PE), lamentou a perda de mandato de Dirceu. "A cassação tira um político com uma história como a de Dirceu da vida pública. Se estabeleceram no Legislativo processos que prescindem de provas", afirmou Múcio.
Para o pefelista Pauderney Avelino (AM), o resultado foi "um alívio" para a Câmara e para Dirceu. "Fizemos o que tinha que ser feito e o que a população brasileira queria, sob pena de os deputados passarem a levar bengaladas", disse Pauderney. Outro pefelista, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) disse que Dirceu foi punido "pelo conjunto da obra: por sua participação no governo, como chefe da Casa Civil, no PT e tudo que aconteceu sob a égide dele." Para ACM Neto, é uma prova de que a Câmara "não será conivente com ninguém".
O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), disse que prevaleceu o espírito de preservação da Casa, superando a história política de Dirceu. Ele afirmou que a cassação "aliviou a pressão" sobre a Câmara, que pode, agora, partir para outra pauta de votações.
Absolvido no Conselho de Ética por falta de provas, o líder do PL, Sandro Mabel (GO), considerou que a cassação sem comprovação das acusações "fragiliza o Parlamentor". Mabel, apesar de ter tido um desfecho favorável, disse saber exatamente as dificuldades pelas quais Dirceu passou. "A gente sente que está com a cabeça na guilhotina, a vida toda da gente passa pela cabeça, na hora da votação no plenário. Tenho certeza que isso aconteceu com ele", disse Mabel.
Poucos parlamentares ainda estavam no plenário quando foi anunciada a derrota de José Dirceu, mas quase todos os líderes fizeram questão de assistir à contagem até o fim. "O processo foi justo e em nenhum momento tomamos posição partidária. Os deputados se convenceram que houve um processo de corrupção e que o deputado José Dirceu se envolveu nele. Mas o grande culpado ainda não foi julgado, é o presidente Lula. José Dirceu não é um negocista, não veio aqui para enriquecer. Mas cometeu erros políticos, como o de prestar serviço a Lula", disse o líder da minoria, José Carlos Aleluia (PFL-BA).
Para o líder do PSDB, o sentimento geral era de constrangimento, apesar de o tucano considerar a cassação "necessária para o País, para a Câmara e para o futuro das instituições". Outro tucano, Jutahy Junior (BA), considerou que a Câmara fez justiça. "O deputado merecia ser cassado. O processo político que ele conduziu era desrespeitoso de forma absoluta. Se buscou apoio político com a compra de deputados", afirmou. "Dirceu é o segundo maior responsável, o primeiro vamos resolver nas urnas", completou Jutahy, referindo-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cabisbaixos
Os petistas acompanharam cabisbaixos o fim da sessão. Para o deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP), o julgamento foi orientado por um clima passional. "A Câmara atendeu a expectativa de satisfação da sociedade, mas as provas não existiam. Na prática, ganhou a decisão mais emocional em detrimento do estado de direito", lamentou. Na avaliação de Cardozo, a crise política não termina com a punição de Dirceu. "A cassação é o discurso de Jorge Bornhausen colocado em prática. Ou seja, ´acabar com essa raça do PT´ mesmo sem provas e começa com a cassação de Dirceu", disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS), referindo-se ao presidente do PFL.
O líder do PTB, José Múcio (PE), lamentou a perda de mandato de Dirceu. "A cassação tira um político com uma história como a de Dirceu da vida pública. Se estabeleceram no Legislativo processos que prescindem de provas", afirmou Múcio.
Para o pefelista Pauderney Avelino (AM), o resultado foi "um alívio" para a Câmara e para Dirceu. "Fizemos o que tinha que ser feito e o que a população brasileira queria, sob pena de os deputados passarem a levar bengaladas", disse Pauderney. Outro pefelista, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) disse que Dirceu foi punido "pelo conjunto da obra: por sua participação no governo, como chefe da Casa Civil, no PT e tudo que aconteceu sob a égide dele." Para ACM Neto, é uma prova de que a Câmara "não será conivente com ninguém".
O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), disse que prevaleceu o espírito de preservação da Casa, superando a história política de Dirceu. Ele afirmou que a cassação "aliviou a pressão" sobre a Câmara, que pode, agora, partir para outra pauta de votações.
Absolvido no Conselho de Ética por falta de provas, o líder do PL, Sandro Mabel (GO), considerou que a cassação sem comprovação das acusações "fragiliza o Parlamentor". Mabel, apesar de ter tido um desfecho favorável, disse saber exatamente as dificuldades pelas quais Dirceu passou. "A gente sente que está com a cabeça na guilhotina, a vida toda da gente passa pela cabeça, na hora da votação no plenário. Tenho certeza que isso aconteceu com ele", disse Mabel.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/332335/visualizar/
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