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Estudo liga QI baixo a hormônio de crescimento
Cientistas da Universidade de Bristol dizem ter encontrado uma ligação entre baixos níveis de hormônio de crescimento e baixo QI. Essa seria a razão pela qual algumas crianças mais baixas teriam desempenho não tão bom na escola, segundo eles.
O estudo, "Children of the 90's" (Crianças dos anos 90), sugere que seria possível usar a alimentação para aumentar os níveis do hormônio e, com isso, o desempenho das crianças.
No entanto, outros analistas dizem que, mesmo que seja provado que o hormônio de crescimento tem um papel no desempenho intelectual, ele deve ser visto apenas como uma pequena parte no "quebra-cabeça" de fatores que afetam o desenvolvimento.
Níveis Já se sabe que bebês de baixo peso ao nascer se desenvolvem mais vagarosamente, alcançando etapas de desenvolvimento mais tarde e tendo QIs ligeiramente mais baixos do que bebês de peso normal. Sabe-se também que estatura baixa ligada a baixo crescimento pós-natal e nutrição pobre está ligada a pior desempenho em testes de desenvolvimento intelectual e educação.
A equipe da Universidade de Bristol avaliou o que acontece no corpo para explicar essas ligações, com foco no fator de crescimento I semelhante à insulina (IGF-I).
Os níveis de circulação de fatores de crescimento semelhantes à insulina são determinados por uma série de influências. Os IGFs têm um papel decisivo no crescimento físico e no desenvolvimento dos órgãos na infância. Tem havido sugestões de que eles podem também afetar o desenvolvimento do cérebro.
Influência ambiental Nesse estudo da Universidade de Bristol, os pesquisadores pediram a 547 crianças de 8 anos que respondessem a um teste de QI. Os pesquisadores também mediram os níveis de IGF-I no sangue dos pesquisados. Eles constataram que para cada aumento de 100 nanogramas por mililitro nos níveis de IGF-I, o QI oral aumentava em três pontos.
"Esse estudo fornece algumas evidências preliminares de que o IGF-I tem um papel importante no desenvolvimento do cérebro humano e pode fundamentar as associações de peso e altura ao nascer com QI", disse o professor David Gunnell, que chefiou a pesquisa.
Terceiro fator Ele observou que novas pesquisas são necessárias. "Como os níveis de IGF-I podem ser modificados com alimentação e outras exposições ambientais, esse pode ser um caminho por meio do qual o ambiente na infância pode influenciar o neurodesenvolvimento", disse.
"Reforço a essa associação vem também de um estudo recente no qual 74 crianças de baixo peso ao nascer foram tratadas com terapia de hormônio de crescimento, com acompanhamento por dois anos. A terapia levou não apenas a mais crescimento, mas também a melhora no QI", informa.
Para o médico Harvey Markovitch, do Royal College of Paediatrics and Child Health, essa pesquisa constatou que existe uma ligação entre níveis de hormônio de crescimento e QI.
"Isso pode ser apenas uma pequena peça no grande quebra-cabeças de fatores que determinam o desenvolvimento da criança. Não significa que haja um efeito causal. Pode ser que as duas coisas sejam afetadas por um terceiro fator", disse.
No entanto, outros analistas dizem que, mesmo que seja provado que o hormônio de crescimento tem um papel no desempenho intelectual, ele deve ser visto apenas como uma pequena parte no "quebra-cabeça" de fatores que afetam o desenvolvimento.
Níveis Já se sabe que bebês de baixo peso ao nascer se desenvolvem mais vagarosamente, alcançando etapas de desenvolvimento mais tarde e tendo QIs ligeiramente mais baixos do que bebês de peso normal. Sabe-se também que estatura baixa ligada a baixo crescimento pós-natal e nutrição pobre está ligada a pior desempenho em testes de desenvolvimento intelectual e educação.
A equipe da Universidade de Bristol avaliou o que acontece no corpo para explicar essas ligações, com foco no fator de crescimento I semelhante à insulina (IGF-I).
Os níveis de circulação de fatores de crescimento semelhantes à insulina são determinados por uma série de influências. Os IGFs têm um papel decisivo no crescimento físico e no desenvolvimento dos órgãos na infância. Tem havido sugestões de que eles podem também afetar o desenvolvimento do cérebro.
Influência ambiental Nesse estudo da Universidade de Bristol, os pesquisadores pediram a 547 crianças de 8 anos que respondessem a um teste de QI. Os pesquisadores também mediram os níveis de IGF-I no sangue dos pesquisados. Eles constataram que para cada aumento de 100 nanogramas por mililitro nos níveis de IGF-I, o QI oral aumentava em três pontos.
"Esse estudo fornece algumas evidências preliminares de que o IGF-I tem um papel importante no desenvolvimento do cérebro humano e pode fundamentar as associações de peso e altura ao nascer com QI", disse o professor David Gunnell, que chefiou a pesquisa.
Terceiro fator Ele observou que novas pesquisas são necessárias. "Como os níveis de IGF-I podem ser modificados com alimentação e outras exposições ambientais, esse pode ser um caminho por meio do qual o ambiente na infância pode influenciar o neurodesenvolvimento", disse.
"Reforço a essa associação vem também de um estudo recente no qual 74 crianças de baixo peso ao nascer foram tratadas com terapia de hormônio de crescimento, com acompanhamento por dois anos. A terapia levou não apenas a mais crescimento, mas também a melhora no QI", informa.
Para o médico Harvey Markovitch, do Royal College of Paediatrics and Child Health, essa pesquisa constatou que existe uma ligação entre níveis de hormônio de crescimento e QI.
"Isso pode ser apenas uma pequena peça no grande quebra-cabeças de fatores que determinam o desenvolvimento da criança. Não significa que haja um efeito causal. Pode ser que as duas coisas sejam afetadas por um terceiro fator", disse.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/332378/visualizar/
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