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Ministro chinês diz que Aids ameaça crescimento econômicov
A difusão da Aids pode prejudicar o desenvolvimento econômico da China e afetar o "crescimento ou declínio" do país, disse na quarta-feira o ministro da Saúde, ressaltando a necessidade de medidas preventivas contra a doença.
Na véspera do Dia Mundial da Aids, o ministro Gao Qiang disse que a China pretende chegar a 2010 com menos de 1,5 milhão de soropositivos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que o país terá 10 milhões de contaminados se nada for feito pela prevenção.
"O trabalho de prevenção à Aids diz respeito à qualidade da população, ao desenvolvimento econômico, à estabilidade social e ao crescimento ou declínio do país", disse Gao em entrevista coletiva.
O governo está gastando cerca de 100 milhões de dólares na prevenção à Aids neste ano. A cifra é oito vezes superior à de 2002, disse o ministro, para quem a China tem total capacidade de conter a epidemia.
De acordo com Gao, 70 mil chineses foram contaminados pelo HIV devido a transfusões de sangue. Contra esse problema, afirmou, o governo está reprimindo a venda ilegal de sangue e fechando centros comunitários de doação.
No final de setembro, a China tinha oficialmente 135.630 pessoas contaminadas, aumento de 52 por cento em relação a um ano antes. Wang Longde, alto funcionário do governo para o combate à doença, admitiu na segunda-feira que os problemas de monitoramento e a obstrução oficial provavelmente estão ocultando a verdadeira dimensão da epidemia.
O vice-primeiro-ministro Wu Yi disse nesta semana que o total de casos notificados provavelmente representa 16,1 por cento do número real, o que daria cerca de 840 mil casos. A ONU estima que haja entre 430 mil e 1,5 milhão de chineses contaminados. Ativistas locais falam em milhões de pessoas.
Gao disse que seu ministério preparou um plano de cinco anos para a prevenção à Aids, que estaria aguardando aprovação do governo. Entre as medidas previstas estão palestras em 90 mil escolas, 2.100 universidades e 740 mil aldeias.
Gao disse que o governo lançará na quinta-feira uma campanha destinada à conscientização de migrantes de áreas rurais nas grandes cidades. Além disso, segundo ele, está em vigor uma política de punir funcionários públicos que, por manterem o público desinformado, contribuam para a epidemia.
Cerca de 2 milhões de pessoas, inclusive usuários de drogas, foram submetidos a exames, e cerca de 40 mil deram positivo, segundo Gao, que não explicou o período em que os exames ocorreram.
A China teve seu primeiro caso de Aids em 1989. No ano passado, entre 21 mil e 75 mil chineses morreram devido à doença, segundo a ONU. Muitos eram pessoas pobres, de zonas rurais, que morreram sem sequer o diagnóstico, quanto menos o tratamento.
Na década passada, muitos chineses, especialmente na província de Hunan (centro), contraíram o HIV por transfusões de sangue contaminado. Era comum na época que os agricultores vendessem sangue a pessoas que retiravam o plasma, misturavam o material e devolviam o sangue aos doadores, que dessa forma eram contaminados.
Agora, a forma de infecção mudou. Atualmente, 40,8 por cento dos casos ocorrem pelo uso de drogas injetáveis; 9 por cento por contato sexual; 23 por cento pela venda de sangue; e 23,4 por cento por origem incerta.
Na véspera do Dia Mundial da Aids, o ministro Gao Qiang disse que a China pretende chegar a 2010 com menos de 1,5 milhão de soropositivos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que o país terá 10 milhões de contaminados se nada for feito pela prevenção.
"O trabalho de prevenção à Aids diz respeito à qualidade da população, ao desenvolvimento econômico, à estabilidade social e ao crescimento ou declínio do país", disse Gao em entrevista coletiva.
O governo está gastando cerca de 100 milhões de dólares na prevenção à Aids neste ano. A cifra é oito vezes superior à de 2002, disse o ministro, para quem a China tem total capacidade de conter a epidemia.
De acordo com Gao, 70 mil chineses foram contaminados pelo HIV devido a transfusões de sangue. Contra esse problema, afirmou, o governo está reprimindo a venda ilegal de sangue e fechando centros comunitários de doação.
No final de setembro, a China tinha oficialmente 135.630 pessoas contaminadas, aumento de 52 por cento em relação a um ano antes. Wang Longde, alto funcionário do governo para o combate à doença, admitiu na segunda-feira que os problemas de monitoramento e a obstrução oficial provavelmente estão ocultando a verdadeira dimensão da epidemia.
O vice-primeiro-ministro Wu Yi disse nesta semana que o total de casos notificados provavelmente representa 16,1 por cento do número real, o que daria cerca de 840 mil casos. A ONU estima que haja entre 430 mil e 1,5 milhão de chineses contaminados. Ativistas locais falam em milhões de pessoas.
Gao disse que seu ministério preparou um plano de cinco anos para a prevenção à Aids, que estaria aguardando aprovação do governo. Entre as medidas previstas estão palestras em 90 mil escolas, 2.100 universidades e 740 mil aldeias.
Gao disse que o governo lançará na quinta-feira uma campanha destinada à conscientização de migrantes de áreas rurais nas grandes cidades. Além disso, segundo ele, está em vigor uma política de punir funcionários públicos que, por manterem o público desinformado, contribuam para a epidemia.
Cerca de 2 milhões de pessoas, inclusive usuários de drogas, foram submetidos a exames, e cerca de 40 mil deram positivo, segundo Gao, que não explicou o período em que os exames ocorreram.
A China teve seu primeiro caso de Aids em 1989. No ano passado, entre 21 mil e 75 mil chineses morreram devido à doença, segundo a ONU. Muitos eram pessoas pobres, de zonas rurais, que morreram sem sequer o diagnóstico, quanto menos o tratamento.
Na década passada, muitos chineses, especialmente na província de Hunan (centro), contraíram o HIV por transfusões de sangue contaminado. Era comum na época que os agricultores vendessem sangue a pessoas que retiravam o plasma, misturavam o material e devolviam o sangue aos doadores, que dessa forma eram contaminados.
Agora, a forma de infecção mudou. Atualmente, 40,8 por cento dos casos ocorrem pelo uso de drogas injetáveis; 9 por cento por contato sexual; 23 por cento pela venda de sangue; e 23,4 por cento por origem incerta.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/332508/visualizar/
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