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Saúde
Terça - 29 de Novembro de 2005 às 22:45
Por: Jesiel Pinto

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A Segunda Reunião de Avaliação do Programa Estadual de Controle da Dengue, que será encerrada hoje (29.11) às 16h30, tem como objetivo fazer um auto-exame das ações de combate e controle da dengue em Mato Grosso. Para isso foram reunidas cerca de 70 pessoas, entre secretários municipais de Saúde e representantes dos Escritórios Regionais de Saúde, que repassaram o que o Estado está fazendo no enfrentamento da doença.

Para a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), Ana Cristina Simplício, o êxito depende de se praticar as instruções constantes do Plano Nacional de Controle da Dengue. “É que algumas dessas instruções, às vezes, são despercebidas pelos municípios. Nessa reunião temos a oportunidade de relembrá-las e enfatizar a importância de colocá-las em prática”, explicou.

A coordenadora estadual do Programa de Controle da Dengue, Maria de Lourdes Girardi, disse que essa avaliação acontece anualmente. “Desta vez reunimos 30 municípios, escolhidos dentre os que sofrem mais impacto da doença sobre sua população, para examinarmos o que já foi feito pelos gestores municipais no que diz respeito à implantação do Programa em seu território, e traçar novas estratégias de combate à doença que nos permitam alcançar metas e objetivos no controle da dengue”, afirmou.

Revisitando as instruções do Programa Nacional de Controle da Dengue, Ana Cristina Simplício lembrou que o controle é feito em duas frentes que precisam atuar de forma integrada: a Vigilância da Dengue e o Controle da doença. “Se os dois setores trabalharem de forma interligada”, assegurou a coordenadora, “surtos de dengue poderão ser controlados de modo a não se transformarem numa epidemia”. Para tanto o enfrentamento da doença precisa seguir o que Ana Simplício chama de “rotinas consistentes”.

Ela explicou que, em situações não epidêmicas, essas rotinas incluem notificar e investigar oportunamente caso a caso as notificações de dengue encontrados nos municípios. A investigação deve ser realizada na oportunidade em que o paciente é internado para tratamento ou, caso haja falecimento, imediatamente após a morte do paciente. Ana Simplício ressaltou que, em caso de morte, a investigação tem de provar definitivamente se o paciente morreu por dengue ou não. “Se não a dúvida quanto a se a morte foi causada pela dengue vai persistir para sempre. Em situações não epidêmicas cada caso investigado deve ser levado até o seu fechamento”.

Quando há uma epidemia da doença a rotina muda. “A notificação dos casos continua sendo necessária, mas o agente de saúde não precisa investigar e fechar todos os casos notificados porque as notificações serão tantas que o profissional de saúde não terá tempo para examinar cada caso. Terá de partir diretamente para o enfrentamento da doença”, ressaltou.

A coordenadora do PNCD lembrou que a Vigilância da Dengue tem que trabalhar estreitamente ligada ao setor de Controle da Dengue. Ela explicou o que queria dizer com a recomendação de ligação estreita entre os dois setores: “Em situações não epidêmicas a comunicação entre os dois setores deve ser realizada semanalmente, mas em caso de epidemia essa ligação precisa ser feita diariamente”, definiu.

Ana Simplício ressaltou, ainda, que seguir a rotina recomendada pelo PNCD, e implementar o trabalho conjugado da Vigilância e do Controle de Dengue vai produzir dados consistentes que vão indicar tendências onde a dengue poderá ser combatida e controlada com êxito.




Fonte: Secom - MT

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