As gêmeas, hoje com 10 meses, nasceram unidas pelo tórax e pela parte inferior do abdômen. Elas compartilhavam uma parede torácica, o diafragma, o pericárdio (membrana que envolve o coração) e o fígado.
O prognóstico dos médicos foi positivo porque as meninas não compartilhavam um número grande de órgãos internos. Alisson é a criança menor, mas mais resistente. Já Amelia, apesar de grande, ainda está em tratamento intensivo.
Agora, os especialistas e os pais esperam que as duas tenham uma "vida plena, saudável e independente". A mãe das gêmeas, Shellie Tucker, manteve um blog para contar sobre o progresso delas. Depois de ter o primeiro filho, Owen, hoje com 2 anos, a mulher enfrentou dificuldades para engravidar e buscou um tratamento de fertilidade.
Raio X das irmãs siamesas mostra união pelo tórax e abdômen (Foto: Children"s Hospital of Philadelphia/AP)
Foi com 20 semanas de gravidez que Shellie descobriu, por meio de um ultrassom, que havia algo errado com os bebês. O casal ficou em choque e não conseguia acreditar. Em março, a mãe se submeteu a uma cesariana de emergência e deu à luz Alisson e Amelia.
No último post do blog antes da separação das meninas, Shellie pediu orações, falou de sua exaustão e disse que a vida das crianças estava nas mãos dos cirurgiões.
Shellie e o marido, Greg Tucker, posam com o filho Owen, de 2 anos, e as meninas (Foto: Matt Rourke/AP)
Gêmeos siameses ocorrem uma vez a cada 50 mil ou 60 mil nascimentos, e a maioria não sobrevive. Cerca de três quartos dos casos são de bebês do sexo feminino, unidos ao menos parcialmente pelo peito, com compartilhamento de órgãos.
As chances de sucesso da cirurgia e de sobrevivência são maiores se os gêmeos tiverem conjuntos separados de órgãos.
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