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Internacional
Terça - 29 de Novembro de 2005 às 09:32

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Londres - O amor de paixão dura pouco mais de um ano, segundo pesquisadores da Universidade de Pavia, na Itália. Os cientistas descobriram que um componente químico do cérebro é provavelmente responsável pelos primeiros rubores de amor.

Segundo eles, o aumento dos níveis das proteínas chamadas neurotrofinas está ligado aos sentimentos de euforia e dependência que surgem no começo de um relacionamento.

Depois de estudar pessoas com relacionamentos de longa e curta duração e solteiros, os pesquisadores constataram que os níveis dessa proteína caem depois de algum tempo.

A equipe de cientistas analisou as alterações dos níveis da proteína na corrente sangüínea de homens e mulheres com idade entre 18 e 31 anos, segundo o jornal especializado Psychoneuroendocrinology. Eles estudaram 58 pessoas que tinham acabado de começar um relacionamento e compararam os níveis de proteína em igual número de pessoas em relacionamentos de longo prazo e solteiras.

Naquelas pessoas que tinham acabado de começar um relacionamento, os níveis da proteína NGF – que causa sintomas como suor nas palmas das mãos – estavam elevados de forma significativa. Em 39 pessoas que ainda estavam na mesma relação um ano depois, os níveis de NGF tinham caído.

Pierluigi Politi, um dos autores do estudo, disse que a descoberta não quer dizer que as pessoas não estão mais apaixonadas, mas apenas que não é mais "amor agudo".

"O amor se tornou mais estável. O amor romântico parece ter acabado (após algum tempo)", disse.

Segundo Politi, o estudo indica que as mudanças na forma de amor parecem ligadas à NGF. "Nosso conhecimento da neurobiologia do amor romântico continua limitado", disse.

"Mas o estudo sugere que os mecanismos bioquímicos podem estar envolvidos em mudanças de humor que ocorrem nas primeiras fases do amor até quando o relacionamento fica mais estável."

Ele observou que ainda é preciso fazer novas pesquisas.





Fonte: BBC Brasil

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