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Rabino ortodoxo pede substituição de Israel pelo reino de Davi
O rabino Shalom Dov Wolpe, da linha ortodoxa Chabad-Lubavitch, defende em um novo livro a substituição do Estado de Israel, fundado em 1948, pelo "verdadeiro Reino de Davi".
O livro intitulado "Entre a luz e a escuridão" foi escrito para protestar contra a saída da Faixa de Gaza, ordenada pelo Governo do primeiro-ministro Ariel Sharon e realizada, em meio a grandes protestos de conservadores, em agosto e setembro, disse hoje a imprensa, ao resenhar a obra.
"Estamos no exílio agora", afirma em seu livro o líder dos "chasidim" (fervorosos) da Chabad-Lubavitch, movimento fundado pelo rabino Menachem Mendel Schneerson, falecido faz alguns anos em Nova York.
Wolpe recomenda que os judeus praticantes, influente minoria no Estado judeu, com aproximadamente sete milhões de habitantes, vejam o Governo secular do país como "um organismo administrativo, assim como o Governo britânico" na Palestina antes da fundação de Israel.
Essa posição por parte de um dirigente da Chabad-Lubavitch é inusitada, dizem os analistas.
Outras linhas ortodoxas opostas à Chabad-Lubavitch se opõem tradicionalmente ao Estado judeu, pois consideram que este não pode existir antes da vinda do messias, segundo a profecia bíblica que, para o judaísmo, ainda não foi cumprida.
Os ativistas do sionismo religioso, que fazem parte da oposição ultranacionalista e promovem a colonização judaica nos territórios palestinos ocupados, "não devem orar pelo bem-estar do Estado israelense (como é habitual), pois nos encontramos agora no exílio e esperando o reino da casa de Davi", afirma Wolpe.
Antes do confronto com Sharon, o "pai da colonização judaica" nos territórios palestinos, os militantes do sionismo religioso, que agora o consideram um "traidor", justificavam sua militância dizendo que precisavam "ajudar o messias".
Acreditavam que uma forma de fazê-lo era, justamente, criar assentamentos nos territórios bíblicos da Judéia e Samaria (Cisjordânia), que os palestinos reivindicam para um futuro Estado independente.
Israel "não é um Estado santo e não pode servir como um meio para a redenção do povo judeu" perseguido, como acreditavam os nacionalistas que o estabeleceram há 57 anos.
O autor chama Sharon de "falso messias", e o acusa de ter levado todo o povo "ao abismo" com seu plano para pôr fim à presença israelense na Faixa de Gaza, contrariando os colonos e a maioria dos ativistas da ortodoxia judaica.
O rabino da Chabad-Lubavitch não é o primeiro a pedir que a comunidade ortodoxa nacionalista se afaste do Estado judeu, que "não representa mais" os colonos e os membros do movimento de resistência à retirada de Gaza.
Segundo Wolpe, a saída de Gaza "foi um sinal de Deus" para indicar que "não existe relação entre um Estado democrático e a salvação". Portanto, afirma, a comunidade religiosa deve deixar de pensar na santidade do Estado e de suas instituições.
O livro intitulado "Entre a luz e a escuridão" foi escrito para protestar contra a saída da Faixa de Gaza, ordenada pelo Governo do primeiro-ministro Ariel Sharon e realizada, em meio a grandes protestos de conservadores, em agosto e setembro, disse hoje a imprensa, ao resenhar a obra.
"Estamos no exílio agora", afirma em seu livro o líder dos "chasidim" (fervorosos) da Chabad-Lubavitch, movimento fundado pelo rabino Menachem Mendel Schneerson, falecido faz alguns anos em Nova York.
Wolpe recomenda que os judeus praticantes, influente minoria no Estado judeu, com aproximadamente sete milhões de habitantes, vejam o Governo secular do país como "um organismo administrativo, assim como o Governo britânico" na Palestina antes da fundação de Israel.
Essa posição por parte de um dirigente da Chabad-Lubavitch é inusitada, dizem os analistas.
Outras linhas ortodoxas opostas à Chabad-Lubavitch se opõem tradicionalmente ao Estado judeu, pois consideram que este não pode existir antes da vinda do messias, segundo a profecia bíblica que, para o judaísmo, ainda não foi cumprida.
Os ativistas do sionismo religioso, que fazem parte da oposição ultranacionalista e promovem a colonização judaica nos territórios palestinos ocupados, "não devem orar pelo bem-estar do Estado israelense (como é habitual), pois nos encontramos agora no exílio e esperando o reino da casa de Davi", afirma Wolpe.
Antes do confronto com Sharon, o "pai da colonização judaica" nos territórios palestinos, os militantes do sionismo religioso, que agora o consideram um "traidor", justificavam sua militância dizendo que precisavam "ajudar o messias".
Acreditavam que uma forma de fazê-lo era, justamente, criar assentamentos nos territórios bíblicos da Judéia e Samaria (Cisjordânia), que os palestinos reivindicam para um futuro Estado independente.
Israel "não é um Estado santo e não pode servir como um meio para a redenção do povo judeu" perseguido, como acreditavam os nacionalistas que o estabeleceram há 57 anos.
O autor chama Sharon de "falso messias", e o acusa de ter levado todo o povo "ao abismo" com seu plano para pôr fim à presença israelense na Faixa de Gaza, contrariando os colonos e a maioria dos ativistas da ortodoxia judaica.
O rabino da Chabad-Lubavitch não é o primeiro a pedir que a comunidade ortodoxa nacionalista se afaste do Estado judeu, que "não representa mais" os colonos e os membros do movimento de resistência à retirada de Gaza.
Segundo Wolpe, a saída de Gaza "foi um sinal de Deus" para indicar que "não existe relação entre um Estado democrático e a salvação". Portanto, afirma, a comunidade religiosa deve deixar de pensar na santidade do Estado e de suas instituições.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/332886/visualizar/
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