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Segunda - 28 de Novembro de 2005 às 09:50

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Para o biólogo Francisco Machado, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o resultado do estudo do Nupelia não pode ser visto como uma evidência de que a usina de Manso teve impactos reduzidos sobre o ciclo reprodutivo dos peixes.

Segundo ele, a falta dos dados sobre a pesca nos anos anteriores ao fechamento das comportas inviabilizam esta linha de raciocínio. “O Nupelia é um grupo sério e nunca tentou fazer isso. O que consta no relatório é somente uma análise do cenário pós-fechamento das comportas”.

Segundo ele, a Eletronorte chegou a receber o financiamento para realizar o estudo. “Até começaram a produzir alguma coisa, mas por conta própria, sem um grupo especializado. O resultado é que, quando a obra foi entregue a Furnas, o estudo não existia”.

Um equívoco do relatório, na opinião do biólogo, é o trecho que aponta a continuidade do fenômeno da lufada a partir de 2002. “Houve aumento no número de peixes jovens na calha do rio. Essa saída prematura das áreas de inundação é conseqüência do baixo volume de água”.

Machado defende que o relato dos pescadores seja considerado como evidência do impacto da usina. “Estudo peixes, não a pesca. Mas sou filho de pescador. Sei que a situação mudou muito e para pior”. (RV)





Fonte: Diário de Cuiabá

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