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Agronegócios
Segunda - 28 de Novembro de 2005 às 09:40

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A área plantada com algodão deverá cair quase 30% na safra 2005/06 no país, de acordo com levantamento da Safras&Mercado. A expectativa da consultoria é que o plantio cubra 804 mil hectares, ante 1,14 milhão de hectares em 2004/05. O dólar desvalorizado em relação ao real e as baixas cotações internacionais do algodão desestimularam os produtores, afirmou Miguel Biegai, analista da Safras.

A consultoria estima que a produção brasileira de algodão em pluma fique em torno de 920 mil toneladas na safra 2005/06, 27,5% abaixo do ciclo anterior.

O plantio no país já está praticamente concluído no Sul e no Sudeste, de acordo com Biegai. Nos principais Estados produtores - Mato Grosso, Bahia e Goiás, respectivamente -, porém, os trabalhos ainda estão no início.

"O ideal era que a cotação do dólar ficasse entre R$ 2,50 e R$ 2,60 para estimular as exportações", disse Biegai. Haroldo Cunha, presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), disse que os produtores do Estado estão mantendo os volumes de exportação, mesmo com o dólar baixo, para não perder os clientes no exterior.

O Estado de Goiás é o terceiro maior produtor do país e deve reduzir sua área de plantio em quase 50%, de 150 mil hectares para 80 mil hectares, de acordo com Cunha. A produção da pluma deverá alcançar 110 mil toneladas, das quais 30% terão como destino o mercado externo.

O oeste baiano é uma das poucas regiões produtoras do país que deverá manter ou até mesmo aumentar o plantio. Segundo João Carlos Jacobsen Rodrigues, vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes do Oeste da Bahia (Aiba), a área plantada no oeste deverá no mínimo repetir os 188 mil hectares de 2004/05, e até poderá crescer 5%.

Conforme Jacobsen, a manutenção da área reflete a migração de produtores mato-grossenses para o oeste baiano e os investimentos estrangeiros, sobretudo americanos, na região.

No mercado interno, as cotações da pluma fecharam a sexta-feira em R$ 1,05 a libra-peso em São Paulo, segundo o índice Cepea/Esalq. No acumulado dos últimos 12 meses, a desvalorização do produto atinge 17,3%. Na opinião de Biegai, os preços devem continuar caindo nos próximos dias, uma vez que as indústrias estão estocadas até o fim do ano.





Fonte: Famato

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