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Adolescentes vão à Justiça para colher maçã em SC
Cerca de 40 adolescentes obtiveram na Justiça autorização para trabalhar em uma plantação de maça em São Joaquim (SC), conhecida como a "cidade da neve" e uma das maiores produtoras da fruta do País. Segundo o juiz da Infância e da Adolescência Ronaldo Denardi, que concede os alvarás, trata-se de uma "grande hipocrisia" não permitir que os jovens trabalhem.
"As famílias que pedem para o filho trabalhar são muito simples e o fazem por necessidade de sobrevivência. Os pais argumentam que o trabalho é importante para a educação deles, para que tenham senso de responsabilidade e para que não fiquem no ócio, com as conseqüências disso", disse.
A lei do aprendiz, de 2000, não permite que o trabalho de adolescentes entre 14 e 16 anos ultrapasse seis horas diárias. Quando prolongado por um período de oito horas, deve incluir também a realização de atividades teóricas - o que não ocorre em São Joaquim, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Bastante polêmica, a autorização para o trabalho de adolescentes dessa idade tem sofrido oposição do Ministério do Trabalho. Na opinião da médica e auditora fiscal Christine Sodré Fortes, a colheita e o raleio de maçã (retirada de frutas excedentes das árvores) são penosos e não deveriam ser feitos por adolescentes.
O Epagri (órgão estadual de pesquisa agropecuária) confirma a ocorrência de intoxicações e quedas de escada envolvendo trabalhadores da maçã, mas não possui estatísticas. Eles ficam numa turma de cinco pessoas e conversam enquanto realizam o serviço. Alguns grupos levam rádios para animar o trabalho. No período da colheita, a rotina fica mais difícil. Os jovens carregam até 10 kg de maçã numa bolsa parecida com a de um carteiro e buscam as frutas desde a parte inferior até o topo das árvores.
"As famílias que pedem para o filho trabalhar são muito simples e o fazem por necessidade de sobrevivência. Os pais argumentam que o trabalho é importante para a educação deles, para que tenham senso de responsabilidade e para que não fiquem no ócio, com as conseqüências disso", disse.
A lei do aprendiz, de 2000, não permite que o trabalho de adolescentes entre 14 e 16 anos ultrapasse seis horas diárias. Quando prolongado por um período de oito horas, deve incluir também a realização de atividades teóricas - o que não ocorre em São Joaquim, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Bastante polêmica, a autorização para o trabalho de adolescentes dessa idade tem sofrido oposição do Ministério do Trabalho. Na opinião da médica e auditora fiscal Christine Sodré Fortes, a colheita e o raleio de maçã (retirada de frutas excedentes das árvores) são penosos e não deveriam ser feitos por adolescentes.
O Epagri (órgão estadual de pesquisa agropecuária) confirma a ocorrência de intoxicações e quedas de escada envolvendo trabalhadores da maçã, mas não possui estatísticas. Eles ficam numa turma de cinco pessoas e conversam enquanto realizam o serviço. Alguns grupos levam rádios para animar o trabalho. No período da colheita, a rotina fica mais difícil. Os jovens carregam até 10 kg de maçã numa bolsa parecida com a de um carteiro e buscam as frutas desde a parte inferior até o topo das árvores.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333040/visualizar/
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