Em sua última versão, o sedã de luxo da Chevrolet era trazido da Austrália
GM do Brasil suspende a importação do velho Omega

Depois de completar duas décadas de lançamento no Brasil, o sedã de luxo Chevrolet Omega se despede do mercado nacional. Sem anunciar oficialmente a decisão, a General Motors está suspendendo a importação do modelo que é produzido pela marca Holden, na Austrália. Por causa disso, o Omega, até há pouco o terceiro mais caro da gama Chevrolet no país - custava 161.000 reais, ficando atrás apenas do esportivo Camaro e do novo SUV Trailblazer -, não consta mais do cardápio de veículos disponíveis no site oficial da GM do Brasil.

Nos últimos tempos, o Omega era vendido apenas na versão especial Fittipaldi, lançada no ano passado em homenagem ao bicampeão mundial de F1 Emerson Fittipaldi. O sedã vinha equipado com um motor Alloytec V6 3.6 litros, de 24 válvulas, 292 cavalos de potência e 36,7 kgfm de torque máximo. O propulsor conta com bloco feito de alumínio e injeção direta de combustível. Com este conjunto, o sedã é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos e atingir a velocidade máxima de 235 km/h. O câmbio é automático de seis marchas.

Considerado o substituto do Chevrolet Opala, o Omega foi lançado no país em agosto de 1992. A produção do modelo ficou a cargo da fábrica da GM de São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Na época, ele era oferecido nas versões sedã e perua, batizada com o nome Suprema. Havia também quatro opções de motorização: 2.0 e 2.2 litros, ambas de quatro cilindros e 116 cv de potência, e 3.0 e 4.1 litros, de seis cilindros em linha, com 165 e 168 cv, respectivamente, e câmbio automático. Uma quinta opção, movida a álcool - 2.0 de 126 cv - também fez parte da gama. O sucesso de público e crítica rendeu ao modelo o prêmio Eleito do Ano da revista Quatro Rodas de 1993.

Em 1996, a perua Suprema deixou de ser produzida por aqui. Dois anos depois foi a vez do sedã. Em 1999, o Omega passou a ser importado da Austrália com motor V6 3.8 de 200 cv e 30 kgfm de torque. Em 2005, o motor foi substituído pelo novo Alloytec V6 3.6, mas com 254 cv e 35 kgfm. Com a adoção do sistema de injeção direta de gasolina, a potência do motor aumentou para quase 300 cv.