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Internacional
Sábado - 26 de Novembro de 2005 às 23:50

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Defensores e críticos da guerra no Iraque se concentram hoje nas imediações do rancho do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que prometeu completar "sua missão" no país árabe para honrar os soldados americanos mortos no conflito.

"As famílias de militares que choram os mortos devem saber que os EUA não esquecerão seu sacrifício. Honraremos isso completando a missão pela qual os soldados deram suas vidas", disse o presidente americano hoje em seu habitual discurso de rádio dos sábados.

Bush dedicou grande parte de seu discurso ao agradecimento ao trabalho dos militares americanos no Iraque, no Afeganistão e em outros lugares do mundo para defender a liberdade.

A mensagem do presidente foi divulgada em Crawford (Texas), onde Bush aproveita o feriado prolongado de Ação de Graças para descansar por alguns dias com sua família.

No entanto, as concentrações a favor e contra a guerra previstas para hoje tarde ameaçam interromper as "férias" de Bush, como aconteceu em agosto deste ano, quando um grupo de pacifistas liderado pela "mãe contra a guerra", Cindy Sheehan, prostestou nas imediações da fazenda texana do presidente.

Sheehan - que perdeu seu filho Casey no Iraque, no ano passado - e seus seguidores voltaram ao mesmo lugar e se instalaram novamente em tendas de campanha na propriedade emprestada a eles pelos vizinhos de Bush.

O principal objetivo do grupo é voltar a chamar a atenção do país e reacender o movimento contra a guerra, para conseguir mais apoio à sua reivindicação de conseguir a retirada dos mais de 150 mil soldados americanos em solo iraquiano.

"As tropas voltarão para casa muito antes do que esta administração planeja. Esta guerra vai acabar", disse Sheehan, que exige há meses o fim do conflito e que Bush explique pessoalmente a ela a "nobre causa" pela qual seu filho, de 24 anos, morreu.

"Estamos aqui para dizer que os massacres têm que acabar e que não vamos justificar nem uma única morte a mais", ressaltou a também conhecida como "mãe pacifista" ou "mãe coragem", que tem um pequeno monumento em sua honra em Crawford.

Com cartazes contra a guerra e a favor da retirada das tropas americanas do Iraque, os pacifistas protestarão hoje à tarde, muito perto de onde também se reúnem seguidores do presidente e de sua política em território iraquiano.

Este segundo grupo se concentrará com lemas como "A liberdade não é de graça" e "Uma causa nobre" e resistirá ao efeito dos críticos do conflito.

Segundo os seguidores de Bush, a única coisa que os pacifistas conseguem é prejudicar a moral dos soldados no Iraque e faltar ao respeito com os mais de dois mil que morreram e com seus familiares.

Desde que começou o conflito, em março de 2003, mais de 2.100 soldados americanos morreram e muitos ficaram feridos com diferentes gravidades.

As contínuas mortes de soldados americanos, além do crescente debate político nos EUA por causa da falta de progressos bélicos no Iraque, levaram a popularidade de Bush a seus níveis mais baixos desde que ele assumiu a Presidência.

As discussões chegaram à Câmara de Representantes, onde a retirada imediata das tropas americanas do Iraque foi rejeitada por unanimidade na semana passada. No entanto, cada vez mais pessoas reivindicam uma redução progressiva do número de militares americanos no país árabe e uma estratégia de saída.





Fonte: EFE

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