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Internacional
Sábado - 26 de Novembro de 2005 às 22:33

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Os participantes do encontro de prêmios Nobel da Paz, em Roma, condenaram neste sábado o uso da tortura e exigiram aos países do G-8, integrado pelas sete nações mais industrializadas do mundo, além da Rússia, que cumpram seus compromissos com a África.

O polonês Lech Walesa (premiado em 1983), a guatemalteca Rigoberta Menchu (1992) e o argentino Adolfo Pérez Esquivel (1980) participaram deste encontro, celebrado no Capitólio da "Cidade Eterna".

O comunicado final "condena firmemente a teoria e o recurso da tortura como instrumento político, seja por parte de um grupo ou de um movimento".

"A tortura não pode ser justificada em nenhum caso", afirmou.

Os ganhadores do Nobel da Paz pediram aos países do G-8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia) que "mantenham os compromissos" adotados com a África durante a última cúpula de julho, celebrada em Gleneagles, Escócia.

"A extrema pobreza que o continente vive é inaceitável", destacaram no documento.

"Os compromissos adotados durante o encontro do G-8 em Gleneagles são um primeiro passo e as próximas negociações no âmbito da OMC servirão para verificar" se as palavras se materializam em atos, acrescentaram no comunicado final.

"Referimo-nos, sobretudo, ao cancelamento da dívida e à rápida reforma das políticas e práticas iníquas, como as ajudas agrícolas", destacaram.

Libertação em Mianmar Por outro lado, os premiados fizeram um apelo para a libertação da opositora birmanesa Aung Suu Kyii - Prêmio Nobel da paz em 1991.

Suu Kyi vive atualmente seu terceiro período de prisão domiciliar por sua luta pela democracia em Mianmar, onde desde 1962 governa uma junta militar.

Seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND), venceu amplamente as eleições legislativas de 1990, mas os militares não quiseram abandonar o poder.

África O desenvolvimento da África era o tema principal da sexta reunião de prêmios Nobel da Paz, um ato criado por iniciativa do ex-presidente soviético Michail Gorbachov.

O roqueiro irlandês Bob Geldof, convidado para a reunião, propôs a criação de um comitê de especialistas para controlar se os países ricos cumprem suas promessas e perdoam a dívida dos países da África.

Em um comunicado, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan (2001), destacou o "papel vital" que os prêmios Nobel da paz podem desempenhar para "conscientizar a opinião pública" e pressionar os governos para que cumpram seus compromissos.





Fonte: AFP

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