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UE relança relações com parceiros árabes e israelenses
Os líderes dos 25 países da União Européia (UE) e seus parceiros árabes e israelenses se reúnem amanhã e segunda-feira em Barcelona na primeira cúpula do grupo, que deve relançar a Associação Euromediterrânea em seu décimo aniversário.
A reunião servirá para avaliar os lucros nos últimos dez anos, dar impulso ao estabelecimento de uma zona de livre comércio em 2010 e estabelecer novos objetivos, entre eles a promoção da democracia e da educação, a análise dos problemas de imigração clandestina e o combate ao terrorismo.
A Associação Euromediterrânea é integrada pelos 25 membros da UE e Marrocos, Argélia, Tunísia, Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Turquia, Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP).
A Líbia, a Mauritânia e a Liga Árabe participam como observadores do fórum. Apesar de a associação não ser um elemento do processo de paz no Oriente Médio, está intimamente ligado a ele porque é o único que reúne todos os envolvidos, segundo o alto representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Javier Solana.
A cúpula acontece em um momento de otimismo no Oriente Médio, após a abertura da passagem fronteiriça de Rafah entre Gaza e o Egito, ontem, o que permite aos palestinos controlar sua única fronteira exterior pela primeira vez.
Não participarão do encontro o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e o rei Abdullah II da Jordânia, imersos em crises políticas internas, nem outros importantes líderes árabes, como o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Mas estará presente a maioria dos primeiros-ministros e dos ministros de Exteriores dos países participantes.
A cúpula deve aprovar um código de conduta contra o terrorismo, sem precedentes a este nível, uma declaração final conjunta e um plano de trabalho para os próximos cinco anos.
Embora existam diferenças entre israelenses e árabes sobre o que deve ser considerado terrorismo e sobre o Oriente Médio, espera-se que essas divergências sejam solucionadas antes de o Rei Juan Carlos da Espanha inaugurar a Cúpula, na próxima segunda-feira.
Segundo Solana, os atentados terroristas de setembro de 2001 nos EUA e os que aconteceram depois em Rabat, Madri, Sharm el-Sheikh (Egito), Londres e Amã permitiram às duas partes falarem de uma forma mais franca sobre o tema. "Comprovamos que a segurança não é um problema apenas para uns ou outros", disse.
A Comissão Européia (CE, órgão executivo da UE) estabeleceu como meta criar 40 milhões de empregos na região nos próximos 15 anos para evitar dramas de imigração como os que viveram recentemente os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, no norte da África, onde milhares de subsaarianos atacaram as cercas que os separavam da UE.
Nestes 10 anos, a imigração ilegal se transformou em um problema comum, pois já não procede dos países da margem sul do Mediterrâneo, mas da África subsaariana. Por isso, Solana disse que é preciso ajudar parceiros como o Marrocos a controlarem estes fluxos migratórios.
O presidente do Parlamento Europeu, o espanhol Josep Borrell, disse que, apesar de aproximadamente 3 bilhões de euros anuais em ajudas e empréstimos da UE, "as brechas que separam as duas margens se tornam a cada dia maiores".
A educação e a democracia como métodos para frear o radicalismo e estimular a integração também farão parte das questões discutidas na cúpula, na qual a UE oferecerá um aumento "substancial" das ajudas ao ensino e fundos adicionais aos países que adotarem reformas democráticas.
Os subúrbios franceses foram recentemente palco de violentos distúrbios protagonizados por jovens imigrantes que atearam fogo em automóveis em protesto contra a marginalização.
A reunião servirá para avaliar os lucros nos últimos dez anos, dar impulso ao estabelecimento de uma zona de livre comércio em 2010 e estabelecer novos objetivos, entre eles a promoção da democracia e da educação, a análise dos problemas de imigração clandestina e o combate ao terrorismo.
A Associação Euromediterrânea é integrada pelos 25 membros da UE e Marrocos, Argélia, Tunísia, Egito, Jordânia, Síria, Líbano, Turquia, Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP).
A Líbia, a Mauritânia e a Liga Árabe participam como observadores do fórum. Apesar de a associação não ser um elemento do processo de paz no Oriente Médio, está intimamente ligado a ele porque é o único que reúne todos os envolvidos, segundo o alto representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Javier Solana.
A cúpula acontece em um momento de otimismo no Oriente Médio, após a abertura da passagem fronteiriça de Rafah entre Gaza e o Egito, ontem, o que permite aos palestinos controlar sua única fronteira exterior pela primeira vez.
Não participarão do encontro o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e o rei Abdullah II da Jordânia, imersos em crises políticas internas, nem outros importantes líderes árabes, como o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Mas estará presente a maioria dos primeiros-ministros e dos ministros de Exteriores dos países participantes.
A cúpula deve aprovar um código de conduta contra o terrorismo, sem precedentes a este nível, uma declaração final conjunta e um plano de trabalho para os próximos cinco anos.
Embora existam diferenças entre israelenses e árabes sobre o que deve ser considerado terrorismo e sobre o Oriente Médio, espera-se que essas divergências sejam solucionadas antes de o Rei Juan Carlos da Espanha inaugurar a Cúpula, na próxima segunda-feira.
Segundo Solana, os atentados terroristas de setembro de 2001 nos EUA e os que aconteceram depois em Rabat, Madri, Sharm el-Sheikh (Egito), Londres e Amã permitiram às duas partes falarem de uma forma mais franca sobre o tema. "Comprovamos que a segurança não é um problema apenas para uns ou outros", disse.
A Comissão Européia (CE, órgão executivo da UE) estabeleceu como meta criar 40 milhões de empregos na região nos próximos 15 anos para evitar dramas de imigração como os que viveram recentemente os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, no norte da África, onde milhares de subsaarianos atacaram as cercas que os separavam da UE.
Nestes 10 anos, a imigração ilegal se transformou em um problema comum, pois já não procede dos países da margem sul do Mediterrâneo, mas da África subsaariana. Por isso, Solana disse que é preciso ajudar parceiros como o Marrocos a controlarem estes fluxos migratórios.
O presidente do Parlamento Europeu, o espanhol Josep Borrell, disse que, apesar de aproximadamente 3 bilhões de euros anuais em ajudas e empréstimos da UE, "as brechas que separam as duas margens se tornam a cada dia maiores".
A educação e a democracia como métodos para frear o radicalismo e estimular a integração também farão parte das questões discutidas na cúpula, na qual a UE oferecerá um aumento "substancial" das ajudas ao ensino e fundos adicionais aos países que adotarem reformas democráticas.
Os subúrbios franceses foram recentemente palco de violentos distúrbios protagonizados por jovens imigrantes que atearam fogo em automóveis em protesto contra a marginalização.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333160/visualizar/
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