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Rebeldes iraquianos pedem diálogo com presidente
Os rebeldes iraquianos, sunitas em sua maioria, expressaram neste sábado seu desejo de dialogar com a presidência e participar no processo político do Iraque, às vésperas do reinício do julgamento do ex-ditador Saddam Hussein e a 20 dias das eleições legislativos.
A possibilidade de diálogo acontece quando o governo de Bagdá promete perseguir com dureza os autores dos ataques diários que o país vem sofrendo.
Neste sábado, cinco civis iraquianos morreram e 16 ficaram feridos em um atentado suicida contra um posto de gasolina situado 6 km a oeste de Samarra (norte de Bagdá) - dois dias antes do reinício do julgamento do ex-presidente iraquiano e sete de seus assessores, que comparecerão ante o tribunal de Bagdá para responder pelo massacre de 148 xiitas em Dujail (norte), em 1982.
"Recebemos ligações de pessoas que dizem pertencer a grupos armados do norte e do oeste do país", afirmou Wafik al Samarrai, conselheiro de Segurança Nacional do presidente iraquiano, Jalal Talabani.
"Essas pessoas dizem estar dispostas a participar no diálogo político", acrescentou, dizendo que se tratam de iraquianos e não de estrangeiros.
"Alguns são islâmicos e outros baathistas", disse, em referência ao Partido Baath, o movimento político em que se apoiava Saddam Hussein.
Talabani fez no final de semana passado, no Cairo, uma oferta de diálogo à guerrilha. "Sou o presidente do Iraque e responsável por todos os iraquianos", afirmou.
"Se os que se autodescrevem como a resistência iraquiana quiserem entrar em contato comigo, serão bem-vindos".
As palavras de Talabani ocasionaram a publicação na internet de um comunicado do braço iraquiano da organização terrorista Al-Qaeda, segundo o qual "só haverá o diálogo da espada e do sangue".
Samarrai também excluiu um diálogo com os "homens de Zarqawi", o extremista jordaniano que lidera a célula iraquiana.
"Não ouviremos os estrangeiros. A única solução para essas pessoas é voltar para suas casas e deixar o Iraque em paz", assegurou.
Em compensação, a presidência do país está disposta a escutar os rebeldes iraquianos, sempre que "os que lutam para restabelecer o velho regime de Saddam Hussein abandonem sua luta, que é inaceitável", afirma Samarrai.
O líder do Comitê dos Ulemás Muçulmanos, a principal associação religiosa sunita do Iraque, Hareth al-Dari, considerou possível um diálogo entre os rebeldes e Talabani, se a oferta deste último "for séria".
O governo, por sua parte, não deu sinais de diálogo na sexta-feira ao afirmar, através do ministro do Interior Bayan Jabr Sulagh, que as forças de segurança "destruirão os focos de terrorismo" em todo o país.
"Utilizaremos 10 mil homens e mil veículos militares nessas operações, tanto antes como depois das eleições de 15 de dezembro", acrescentou.
A possibilidade de diálogo acontece quando o governo de Bagdá promete perseguir com dureza os autores dos ataques diários que o país vem sofrendo.
Neste sábado, cinco civis iraquianos morreram e 16 ficaram feridos em um atentado suicida contra um posto de gasolina situado 6 km a oeste de Samarra (norte de Bagdá) - dois dias antes do reinício do julgamento do ex-presidente iraquiano e sete de seus assessores, que comparecerão ante o tribunal de Bagdá para responder pelo massacre de 148 xiitas em Dujail (norte), em 1982.
"Recebemos ligações de pessoas que dizem pertencer a grupos armados do norte e do oeste do país", afirmou Wafik al Samarrai, conselheiro de Segurança Nacional do presidente iraquiano, Jalal Talabani.
"Essas pessoas dizem estar dispostas a participar no diálogo político", acrescentou, dizendo que se tratam de iraquianos e não de estrangeiros.
"Alguns são islâmicos e outros baathistas", disse, em referência ao Partido Baath, o movimento político em que se apoiava Saddam Hussein.
Talabani fez no final de semana passado, no Cairo, uma oferta de diálogo à guerrilha. "Sou o presidente do Iraque e responsável por todos os iraquianos", afirmou.
"Se os que se autodescrevem como a resistência iraquiana quiserem entrar em contato comigo, serão bem-vindos".
As palavras de Talabani ocasionaram a publicação na internet de um comunicado do braço iraquiano da organização terrorista Al-Qaeda, segundo o qual "só haverá o diálogo da espada e do sangue".
Samarrai também excluiu um diálogo com os "homens de Zarqawi", o extremista jordaniano que lidera a célula iraquiana.
"Não ouviremos os estrangeiros. A única solução para essas pessoas é voltar para suas casas e deixar o Iraque em paz", assegurou.
Em compensação, a presidência do país está disposta a escutar os rebeldes iraquianos, sempre que "os que lutam para restabelecer o velho regime de Saddam Hussein abandonem sua luta, que é inaceitável", afirma Samarrai.
O líder do Comitê dos Ulemás Muçulmanos, a principal associação religiosa sunita do Iraque, Hareth al-Dari, considerou possível um diálogo entre os rebeldes e Talabani, se a oferta deste último "for séria".
O governo, por sua parte, não deu sinais de diálogo na sexta-feira ao afirmar, através do ministro do Interior Bayan Jabr Sulagh, que as forças de segurança "destruirão os focos de terrorismo" em todo o país.
"Utilizaremos 10 mil homens e mil veículos militares nessas operações, tanto antes como depois das eleições de 15 de dezembro", acrescentou.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333169/visualizar/
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