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"Com melhor time", Muricy ainda acredita no título
Campeão em 2004 pelo São Caetano, o técnico Muricy Ramalho vive uma experiência diferente em 2005. Na briga pelo "campeonato mais difícil do ano" e com o "melhor conjunto" em mãos, como ele próprio define, o treinador ainda acredita no título, mas não crê em complô que favoreça o Corinthians.
Emotivo, o técnico descarta definir seu futuro com o Brasileiro em andamento e, levado pela emoção, deixa pistas de que sua família terá papel importante em sua escolha de ficar ou não no Inter.
Impressionado com a adaptação do argentino Tevez, Muricy confidenciou, em entrevista exclusiva ao Terra Esportes, o voto no atacante corintiano como melhor do Nacional, mas defende seu elenco ao escolher Rafael Sobis como a revelação do Brasileiro 2005. E acha coragem até para dizer que vai torcer pelo título mundial do São Paulo no Japão, em dezembro.
Faltando duas rodadas para o final do Brasileiro, o Inter está três pontos atrás do líder Corinthians. O time paulista é melhor?
Eles investiram muito, mas muito dinheiro. Tiveram parceria e nós não. A gente trabalha muito justo com relação ao dinheiro, a diferença é que o poder de compra desequilibra mesmo. Além disso, eles foram muito bem nas contratações. Mas como time eu acho que o Inter é melhor, como conjunto. Mas é claro que o Corinthians tem os melhores nomes do futebol brasileiro na atualidade. Só que, por exemplo, sem o Tevez caem demais, eles dependem do individual. Ao contrário de nós.
Você acha que, devido aos erros de arbitragem em várias partidas e todo o escândalo com o Edílson Pereira de Carvalho (ex-árbitro que manipulava resultado de jogos por causa de altas apostas), o Brasileiro de 2005 está manchado?
Para mim, houve dois erros. Primeiro com o Edílson e agora com o Márcio Rezende (árbitro que deixou de marcar pênalti em Tinga no confronto contra o Corinthians). Não vai ficar totalmente manchado, mas com certeza as pessoas vão se lembrar que houve interferência direta nos resultados.
Você acredita em um complô pró-Corinthians?
Não acredito. Isso não existe, é coincidência. A gente sabe que o erro cometido pelo Márcio pode ter acontecido pela pressão da torcida. Tenho certeza que se o lance fosse para o Corinthians, ele marcaria. Não existe nenhum esquema. E eles também deram sorte que o Edílson apitou dois jogos e eles aproveitaram melhor as partidas remarcadas.
A arbitragem deste ano foi ruim?
Não totalmente ruim, existem árbitros bons também. Mas existiram erros, como contra o Paysandu. Eles (corintianos) deram muita sorte.
Como você fez para levantar o moral do grupo depois que o presidente do STJD, Luiz Zveiter, anunciou no domingo de manhã a anulação das 11 partidas apitadas pelo Edilson (o time do Sul acabou caindo para a terceira posição da tabela)?
Foi muito difícil. Você ouvia entre eles as conversas e sentia que haviam perdido a concentração. A gente sofreu para empatar naquele jogo (Internacional 2 x 2 Fluminense), foi muito duro. Mas como temos um elenco com jogadores diferenciados, como Tinga, o Fernandão, conseguimos nos recuperar. Todos têm cabeça boa, eles nos ajudaram muito. O goleiro André também ajudou muito o grupo.
Se vocês conquistarem o campeonato, vai ter um gostinho especial por tudo o que aconteceu?
É um campeonato importante, vai ter um gosto diferente. Faz três anos que o time está se recuperando. Em 2002 tiramos o time da zona de rebaixamento e fazia tempo que figurava entre os líderes. Isso tudo é fruto do trabalho, a gente se preparou para isso, não foi por acaso. É o título do campeonato mais difícil do mundo.
Você cogita uma mudança de clube no ano que vem? Ou pretende parar para descansar e aproveitar (A família de Muricy, mulher e três filhos mora, em São Paulo)?
O grande problema é ficar longe da família, ficar fora de casa. Estou estudando tudo isso, esperando baixar um pouco a adrenalina, ou permaneço no Inter, ou vou para outro clube. Mas a grande questão é voltar para minha casa mesmo. Tanto é que poderia voltar para perto da minha família no meio do ano, mas sempre cumpro meus contratos.
Mas o que quero mesmo é viver perto da minha família Por isso que em 2003 decidi ficar parado. Tenho meus pontos de vista, quero descansar um pouco também. Não tenho nada planejado para o ano que vem. Depois vou discutir, sei lá, me dar um tempo. Pode ser que algum clube me ofereça uma boa estrutura, planejamento, ou vou permanecer aqui no Inter mesmo.
Em quem você votou para melhor jogador do Brasileiro na eleição da CBF?
O melhor foi Tevez. Teve um equilíbrio maior, foi marcante no Campeonato Brasileiro, se adaptou muito bem. Existe lugar para todo mundo, foi muito bom. Tem espaço para brasileiro no mundo todo, é importante abrirmos espaço para quem vem de fora também. E na revelação do Nacional votei no Rafael Sobis.
Você iniciou sua carreira no São Paulo. E o clube vai disputar o Mundial no final do ano. Vai torcer pelo título dos são-paulinos?
No futebol, a gente começa a torcer pelos amigos. E eu tenho muitos amigos no São Paulo. Conselheiros, diretores, o Milton Cruz (auxiliar-técnico), o roupeiro, várias pessoas. Então a gente torce pelos amigos. Vou torcer para o São Paulo, sim, tomara que tragam o título para o Brasil.
Emotivo, o técnico descarta definir seu futuro com o Brasileiro em andamento e, levado pela emoção, deixa pistas de que sua família terá papel importante em sua escolha de ficar ou não no Inter.
Impressionado com a adaptação do argentino Tevez, Muricy confidenciou, em entrevista exclusiva ao Terra Esportes, o voto no atacante corintiano como melhor do Nacional, mas defende seu elenco ao escolher Rafael Sobis como a revelação do Brasileiro 2005. E acha coragem até para dizer que vai torcer pelo título mundial do São Paulo no Japão, em dezembro.
Faltando duas rodadas para o final do Brasileiro, o Inter está três pontos atrás do líder Corinthians. O time paulista é melhor?
Eles investiram muito, mas muito dinheiro. Tiveram parceria e nós não. A gente trabalha muito justo com relação ao dinheiro, a diferença é que o poder de compra desequilibra mesmo. Além disso, eles foram muito bem nas contratações. Mas como time eu acho que o Inter é melhor, como conjunto. Mas é claro que o Corinthians tem os melhores nomes do futebol brasileiro na atualidade. Só que, por exemplo, sem o Tevez caem demais, eles dependem do individual. Ao contrário de nós.
Você acha que, devido aos erros de arbitragem em várias partidas e todo o escândalo com o Edílson Pereira de Carvalho (ex-árbitro que manipulava resultado de jogos por causa de altas apostas), o Brasileiro de 2005 está manchado?
Para mim, houve dois erros. Primeiro com o Edílson e agora com o Márcio Rezende (árbitro que deixou de marcar pênalti em Tinga no confronto contra o Corinthians). Não vai ficar totalmente manchado, mas com certeza as pessoas vão se lembrar que houve interferência direta nos resultados.
Você acredita em um complô pró-Corinthians?
Não acredito. Isso não existe, é coincidência. A gente sabe que o erro cometido pelo Márcio pode ter acontecido pela pressão da torcida. Tenho certeza que se o lance fosse para o Corinthians, ele marcaria. Não existe nenhum esquema. E eles também deram sorte que o Edílson apitou dois jogos e eles aproveitaram melhor as partidas remarcadas.
A arbitragem deste ano foi ruim?
Não totalmente ruim, existem árbitros bons também. Mas existiram erros, como contra o Paysandu. Eles (corintianos) deram muita sorte.
Como você fez para levantar o moral do grupo depois que o presidente do STJD, Luiz Zveiter, anunciou no domingo de manhã a anulação das 11 partidas apitadas pelo Edilson (o time do Sul acabou caindo para a terceira posição da tabela)?
Foi muito difícil. Você ouvia entre eles as conversas e sentia que haviam perdido a concentração. A gente sofreu para empatar naquele jogo (Internacional 2 x 2 Fluminense), foi muito duro. Mas como temos um elenco com jogadores diferenciados, como Tinga, o Fernandão, conseguimos nos recuperar. Todos têm cabeça boa, eles nos ajudaram muito. O goleiro André também ajudou muito o grupo.
Se vocês conquistarem o campeonato, vai ter um gostinho especial por tudo o que aconteceu?
É um campeonato importante, vai ter um gosto diferente. Faz três anos que o time está se recuperando. Em 2002 tiramos o time da zona de rebaixamento e fazia tempo que figurava entre os líderes. Isso tudo é fruto do trabalho, a gente se preparou para isso, não foi por acaso. É o título do campeonato mais difícil do mundo.
Você cogita uma mudança de clube no ano que vem? Ou pretende parar para descansar e aproveitar (A família de Muricy, mulher e três filhos mora, em São Paulo)?
O grande problema é ficar longe da família, ficar fora de casa. Estou estudando tudo isso, esperando baixar um pouco a adrenalina, ou permaneço no Inter, ou vou para outro clube. Mas a grande questão é voltar para minha casa mesmo. Tanto é que poderia voltar para perto da minha família no meio do ano, mas sempre cumpro meus contratos.
Mas o que quero mesmo é viver perto da minha família Por isso que em 2003 decidi ficar parado. Tenho meus pontos de vista, quero descansar um pouco também. Não tenho nada planejado para o ano que vem. Depois vou discutir, sei lá, me dar um tempo. Pode ser que algum clube me ofereça uma boa estrutura, planejamento, ou vou permanecer aqui no Inter mesmo.
Em quem você votou para melhor jogador do Brasileiro na eleição da CBF?
O melhor foi Tevez. Teve um equilíbrio maior, foi marcante no Campeonato Brasileiro, se adaptou muito bem. Existe lugar para todo mundo, foi muito bom. Tem espaço para brasileiro no mundo todo, é importante abrirmos espaço para quem vem de fora também. E na revelação do Nacional votei no Rafael Sobis.
Você iniciou sua carreira no São Paulo. E o clube vai disputar o Mundial no final do ano. Vai torcer pelo título dos são-paulinos?
No futebol, a gente começa a torcer pelos amigos. E eu tenho muitos amigos no São Paulo. Conselheiros, diretores, o Milton Cruz (auxiliar-técnico), o roupeiro, várias pessoas. Então a gente torce pelos amigos. Vou torcer para o São Paulo, sim, tomara que tragam o título para o Brasil.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/333224/visualizar/
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