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Polícia Brasil
Sábado - 26 de Novembro de 2005 às 09:49
Por: Clarice Navarro Diório

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Com o resultado de exames de DNA divulgado ontem, voltam praticamente ao ponto inicial as investigações sobre a morte da menina Mariana de Oliveira, de quatro meses, estuprada em um sítio da região do Taquaral, em Cáceres, no dia 25 de agosto. O resultado mostra que nenhum dos suspeitos apontados pela polícia cometeu o crime.

O exame foi feito em amostras de sangue de nove homens, entre eles o principal suspeito, que está preso há três meses. Ele foi acusado pela mãe da vítima, que depois voltou atrás. Com o resultado dos exames, que será enviado ao judiciário, o rapaz deverá ser colocado em liberdade.

Na tarde de ontem, a delegada que preside o inquérito, Liliane de Souza Santos, e a perita oficial criminal Telma Jaqueline Kirchesch divulgaram o resultado do estudo comparativo do DNA, realizado por um laboratório de Alagoas.

O DNA foi feito a partir das amostras de sangue dos nove homens. Apesar de não coincidir com o perfil genético dos suspeitos, o exame traz resultados importantes para a investigação, conforme considera a perita. "Temos agora o perfil genético do criminoso. É como se tivéssemos sua impressão digital. Falta encontrá-lo", disse.

O exame comprova que o material encontrado na calcinha da vítima é de origem masculina e vem de um espermatozóide. Assim, fica comprovado que a criança foi realmente estuprada, que houve a penetração e a ejaculação.

A delegada Liliane Souza Santos informou que mais seis suspeitos estão sendo investigados, e que ontem foram colhidas amostras de sangue de três deles. "Todos os que estiveram no local são suspeitos e as investigações, que nunca pararam, continuam agora em nova linha. Se for preciso fazer mais dezenas de exames de DNA, nós faremos, até que se encontre o culpado. A sociedade quer uma resposta e a polícia também".

O crime aconteceu no dia 25 de agosto, durante uma festa em um sítio. Enquanto a mãe da criança se divertia, a menina dormia ao lado de uma tia. A mãe de Mariana tem 16 anos e outra filha de três. A tia, de 14, está grávida, foi dormir embriagada e não viu quem retirou a sobrinha de seu lado. A menina foi encontrada horas depois, deixada sobre as tábuas de um chiqueiro desativado, em um outro sítio, próximo do qual acontecia a festa. Estava toda suja de sangue, com as pernas cobertas por formigas, e já apresentava um quadro febril. Socorrida, foi levada ao Hospital Regional de Cáceres e depois para a Santa Casa de Cuiabá, onde passou por cirurgias na genitália. Vinte dias depois, a menina não resistiu ao quadro de infecção generalizada e morreu.





Fonte: Da Sucursal de Cáceres

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