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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 21:50
Por: Thiago Velloso

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São Paulo - As decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), relativas à continuidade do processo de cassação do ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP), não são consideradas como interferência na autonomia do Legislativo pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Não considero interferência, porque o Supremo está cumprindo o seu papel", comentou.

Renan, entretanto, ressaltou que decisões como essas inspiram sentimento de impunidade junto à população. "Devemos garantir o processo legal e acho, como a sociedade acha, que essas decisões acabam colaborando com a impunidade."

O presidente do Senado disse ainda achar "estranho que não houve erro no processo (de cassação) do (ex-deputado) Roberto Jefferson, mas apenas no de José Dirceu" e acrescentou: "Essas coisas precisam ficar mais claras."

Para ele, tensões entre o Supremo e o Congresso Nacional já existiam e sempre existirão, mas o importante é que isso não gere uma paralisia nos trabalhos das Casas Legislativas. "O Supremo julga todo dia e o Congresso não pode parar por isso. Essas tensões existem e vão continuar a existir. E o que nós devemos fazer é tratá-las de maneira cada vez mais amadurecida", opinou.

O presidente do Senado justificou sua postura neutra por se considerar "um fator de ponderação, que trabalha para minimizar a crise e para tornar mais harmônica a relação com outros poderes". As declarações de Renan Calheiros foram feitas após a abertura da XXI Assembléia do Parlamento Latino-Americano, que se realiza em São Paulo.





Fonte: Agência Estado

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